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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

raro bom senso


O professor universitário Filipe Duarte Santos, presidente do grupo de trabalho criado pelo Governo para apresentar soluções para a orla costeira, defendeu ontem um “acordo de regime” nas medidas que venham a ser adotadas.
O investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa frisou que o Grupo de Trabalho do Litoral (GTL) analisou um problema “que é nacional”, olhou para Portugal continental desde o Minho até à foz do rio Guadiana, identificou zonas de risco e propôs soluções, cabendo agora ao Governo seguir ou não essas recomendações.
“Sobretudo, preocupa-nos que haja um consenso de regime e que não seja uma coisa vulnerável à periodicidade governamental que é normal em democracia. Mas que haja um acordo de regime, porque são coisas muito básicas e que custam muito dinheiro aos contribuintes”, disse à agência Lusa Filipe Duarte Santos.
À margem de uma reunião com responsáveis autárquicos da Figueira da Foz, o presidente do GTL admitiu que o relatório entregue ao ministério do Ambiente muda o paradigma da defesa da costa, ao contrapor ao modelo de obras pesadas com construção de esporões e paredões o enchimento de praias com areia, e pretende contribuir para a resolução de um problema “complexo”.
Deu o exemplo da zona costeira entre o Minho e Nazaré que está confrontada “com um problema de perda de território”.

“É um problema com que todos nós estamos confrontados e que o país tem de resolver da melhor maneira, tendo em conta que é necessário fazer análises de custo/benefício para encontrar soluções”, disse.

Filipe Duarte Santos na Figueira TV

SOS Cabedelo na Figueira TV

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