A notícia reporta-se ao desassoreamento do Rio Mondego em Coimbra e não ao da Praia da Claridade na Figueira da Foz, como gostaríamos. Mas há, ainda assim, motivos de regozijo: porque demonstra o valor da areia ao revelar que há interessados na sua compra, destacando a exemplaridade da intervenção que, por este facto, não tem custos para o erário público; e porque habilita uma autarquia, neste caso a Câmara Municipal de Coimbra, a assumir o papel de dono da obra avançando com esta intervenção da competência da administração central. Não obstante, colocam-se-nos duas questões: a primeira, de ordem prática, é a da legitimidade da venda da areia em Coimbra, que se não estivesse artificialmente ali retida estaria a ajudar a reposição natural das praias a sul do Mondego, cuja proteção nos irá custar muitos milhões; a segunda, de natureza mais prosaica, leva-nos a indagar porque razão não explora a Câmara Municipal da Figueira da Foz a mesma possibilidade de actuação concertada com a Sra. Ministra para usar a areia do norte para proteger o sul da erosão e devolver O MAR À CIDADE.
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