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domingo, 28 de dezembro de 2014

multiusos

Se o surf é grande atrativo para a consolidação da "Marca-País", colocando-nos no Top 10 da procura turística global, porque não fazer um parque multiusos para o surf, o bodyboard, o skimming, o stand up paddle, o kayaksurf e kitesurf?... Porque não defender na principal frente urbana um parque de ondas para todos os gostos? Porque não usamos o mar?
Se sabemos que foram as ondas que inscreveram a cidade no Plano Estratégico Nacional do Turismo porque é que insistem em construir campos sintéticos no lugar das ondas? Se para o turismo é o surf que lidera a prefência dos consumidores porque é que insistem em empurrar para ali os jogos com bola?

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

raro bom senso


O professor universitário Filipe Duarte Santos, presidente do grupo de trabalho criado pelo Governo para apresentar soluções para a orla costeira, defendeu ontem um “acordo de regime” nas medidas que venham a ser adotadas.
O investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa frisou que o Grupo de Trabalho do Litoral (GTL) analisou um problema “que é nacional”, olhou para Portugal continental desde o Minho até à foz do rio Guadiana, identificou zonas de risco e propôs soluções, cabendo agora ao Governo seguir ou não essas recomendações.
“Sobretudo, preocupa-nos que haja um consenso de regime e que não seja uma coisa vulnerável à periodicidade governamental que é normal em democracia. Mas que haja um acordo de regime, porque são coisas muito básicas e que custam muito dinheiro aos contribuintes”, disse à agência Lusa Filipe Duarte Santos.
À margem de uma reunião com responsáveis autárquicos da Figueira da Foz, o presidente do GTL admitiu que o relatório entregue ao ministério do Ambiente muda o paradigma da defesa da costa, ao contrapor ao modelo de obras pesadas com construção de esporões e paredões o enchimento de praias com areia, e pretende contribuir para a resolução de um problema “complexo”.
Deu o exemplo da zona costeira entre o Minho e Nazaré que está confrontada “com um problema de perda de território”.

“É um problema com que todos nós estamos confrontados e que o país tem de resolver da melhor maneira, tendo em conta que é necessário fazer análises de custo/benefício para encontrar soluções”, disse.

Filipe Duarte Santos na Figueira TV

SOS Cabedelo na Figueira TV

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

às voltas com o porto e a praia



A praia  na Figueira TV e o porto em As Beiras.

domingo, 21 de dezembro de 2014

erro humano

"O GTL diz que é frequente atribuir-se a causa dos estragos à tempestado  e não a uma decisão ou uma cadeia de decisões (erro humano)" em O Dever de 18 de Dezembro de 2014.

sábado, 20 de dezembro de 2014

para trás anda o caranguejo

Público




Gonçalo Cadilhe na SIC, em 2012, critica o cenário com esporões paralelos à costa, para Buarcos, inscritos na revisão do POOC, cenário de protecção oportunamente afastado pelo Grupo de Trabalho do Litoral (GTL). 
Enquanto relatório do GTL aponta para uma alteração do paradigama de protecção costeira que se distancia dos cenários de guerra contra o mar, a Câmara da Figueira (CMF) insiste no contrário. O GTL pertende libertar a areia, a CMF quer aprisiona-la, mantendo-nos a todos reféns dos mesmos erros do passado.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

sonho americano

A Câmara  da Figueira usa o exemplo da Flórida para justificar a necessidade de ocupação da praia com um parque multiusos. Acontece que  lá na América fazem isso tudo em menos de 100m de praia...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

frango esturricado

 As Beiras 16.12.2014


cidadesurf @ smart water research centre
Griffith University, Queensland, Australia
2012

sábado, 6 de dezembro de 2014

BYPASS on air

Pedro Adão e Silva na TSF 06 12 2014.
Filipe Duarte Santos e João Ataíde na ANTENA 1 04 12 2014.
.

TSF from Cidade Surf on Vimeo.

domingo, 30 de novembro de 2014

sábado, 29 de novembro de 2014

cidadania

Reunião do GTL na Figueira da Foz aqui.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

dúvida


vídeo de Rui Paulo Gonçalves

Se o vídeo do Rui Paulo Gonçalves, anterior ao relatório do Grupo de Trabalho do Litoral, revela o brutal assoreamento da barra em apenas quatro anos, será mesmo possível que a expansão do porto comercial esteja agora refém daquele documento? Ou será que alguém se enganou nas contas e mais uma vez nos quer empurrar na fuga para a frente, atirando as culpas para trás?
O sistema fixo de dragagem com BYPASS não só baixa o custo do metro cúbico dragado, como evita que as areias contornem o molhe norte e entrem no canal de navegação. Em vez de se dragar o problema, no sistema fixo - com a transposição de sedimentos, draga-se para o evitar. É compreensível que se ponham trancas na porta depois da casa roubada, o que não se percebe é que não se ponham as trancas hoje quando sabemos que vamos ser roubados amanhã.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

medo



A Câmara estará com medo que a praia da Figueira volte a ser o que foi? Que volte a ser a Rainha das Praias de Portugal? Que encha de gente no verão? Está com medo de quê?... A Figueira não tem medo do mar, a Figueira fez-se cidade com ele.



terça-feira, 25 de novembro de 2014

Ataíde contesta preocupado...


As Beiras e Diário de Coimbra - 25 Novembro.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

combater o débito com o excesso

Oxalá usem a areia a mais do norte, na Praia da Claridade, para proteger o sul da erosão e devolver O MAR À CIDADE.

in Jornal de Notícias 16.11.2014

domingo, 16 de novembro de 2014

Tanto Mar

João Catarino, Eurico Gonçalves, Pedro Adão e Silva e Miguel Figueira no Museu Marítimo de Ilhavo nas comemorações do Dia Nacional do Mar.

sábado, 8 de novembro de 2014

o mar mais perto da cidade...

[...] O secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos [...] assumiu que a linha de orientação que está a ser seguida pela equipa nomeada pelo ministro Jorge Moreira da Silva privilegia a questão do chamado “equilíbrio sedimentar”, ou seja, a reposição da deriva de sedimentos (areias), que deixou de acontecer na nossa costa, de norte para sul, com as barragens construídas nos rios e os portos e outras barreiras que, no mar, interrompem esse fluxo [...] 

[...] Filipe Duarte Santos assumiu que é preciso ajudar a população a perceber a natureza do problema e a necessidade do investimento. Que não é tão elevado se virmos, por exemplo, o caso da Holânda, país que há duas décadas deixou de olhar para a defesa da costa como um problema de água, controlável por diques e esporões, para o ver como uma questão de equilíbrio sedimentar [...] 
[...] para o investigador, atirar areia para cima do problema, ou espalhá-la pela linha de costa para que o mar faça o trabalho de encher as praias, é uma solução que deve ser ponderada [...]

sábado, 1 de novembro de 2014

milhões de metros cúbicos

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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

expectante

 
in As Beiras de 29/10/2014 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

terça-feira, 7 de outubro de 2014

o melhor e o pior do verão

No sul falta areia mas não faltam os banhistas, na Claridade temos areia a mais e banhistas a menos. Por este andar vamos precisar de um bypass para mandar a areia para o sul e outro para de lá trazer os banhistas...

 A Voz da Figueira de 10 de Setembro.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

compromisso




O Partido Socialista (PS) apresentou no Parlamento um projecto de resolução que recomenda ao Governo a promoção da onda de Buarcos, Figueira da Foz, como a onda direita mais comprida da Europa.
Os deputados João Portugal e Mário Ruivo, que assinam o documento, lembram que a onda de Buarcos está inscrita no Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), por resolução do Conselho de Ministros de Abril de 2013, como a onda direita (que se desenvolve da esquerda para a direita) mais comprida do continente europeu, exigindo do executivo a "devida promoção da Figueira da Foz como um concelho com condições ímpares para a prática do surf".
Os deputados lamentam ainda que na edição da FITUR - Feira de Turismo de Madrid o Turismo de Portugal não tenha efectuado a promoção internacional da onda da Figueira da Foz, ao contrário do que aconteceu, alegam, com a onda da Nazaré."
O projecto de resolução vai ser apreciado, votado e, se for aprovado, o Governo terá de cumprir a recomendação", disse à agência Lusa o deputado João Portugal.
Já Miguel Figueira, do movimento de cidadãos SOS Cabedelo - entidade que fez a proposta de inclusão da onda de Buarcos no referido plano estratégico - congratulou-se pela iniciativa dos deputados socialistas, mas deixou críticas quer ao Governo quer à autarquia da Figueira da Foz, apontando a "falta de estratégia" na promoção da cidade enquanto destino de de surf."
A onda de Buarcos não estava no PENT, foram os cidadãos que a meteram lá e a Câmara nem sequer subscreveu a iniciativa nem nada disse para o PENT", frisou Miguel Figueira.
Por outro lado, referiu que a onda da Figueira da Foz, que se estende do Cabo Mondego à baía de Buarcos, é a única caracterizada no PENT, ao contrário das de Peniche e da Nazaré, cuja inscrição no plano está directamente relacionada com os eventos que ali se realizam."
E o Turismo de Portugal tem a máquina [de promoção] oleada do lado dos eventos, mas não tem nada do lado da cidadania, porque não se valoriza a cidadania", lamentou.
Miguel Figueira também criticou a autarquia da Figueira da Foz, exemplificando com as comemorações do Dia Mundial do Turismo, que decorrem no sábado: "nas comemorações, a iniciativa na Figueira é andar de bicicleta. Não tenho nada contra as bicicletas, mas então e as ondas? As pessoas não se relacionam com a onda porque nem sabem onde é", lamentou.
Acrescentou que existe sinalética na cidade a indicar a localização de um aquaparque [colocada e paga pelo investidor privado], "mas não existe nenhuma a dizer onde são as ondas".
O movimento SOS Cabedelo, segundo Miguel Figueira, para além da inclusão da onda de Buarcos no PENT, tem realizado iniciativas de promoção do surf na Figueira da Foz, a nível nacional e internacional, exortando a autarquia a trabalhar nessa promoção.
"Felicitamos a iniciativa [dos deputados], porque estamos a valorizar o que é nosso. Mas é preciso fazer muito mais e o trabalho começa em casa", afirmou Miguel Figueira, numa alusão ao facto de João Portugal, para além de deputado, ter o pelouro do Turismo na autarquia da Figueira da Foz.
Na resposta, João Portugal - que assumiu recentemente o pelouro em que antes coadjuvava o presidente da Câmara - garantiu a intenção da autarquia em trabalhar em conjunto com a iniciativa privada na promoção dos desportos de ondas.
"Mais do que estarmos a dizer o que fez e o que não se fez no passado, é preciso colaborarmos e trabalhar em conjunto", frisou.

in Público 
notícia em cima do Diário de Coimbra

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

o porto, a praia e a cidade

A Figueira da Foz quer ser uma cidade portuária com uma praia ou quer ser uma cidade de praia com um porto? Esclarecerá o Plano Estratégico esta questão?...


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

neste e noutro sul


Na praia da Caparica os cinco milhões em recargas de areia não impediram que a praia ficasse submersa dois meses após a intervenção. Espera-se que a sul do Mondego a intervenção de dois milhões e meio de euros agora anunciada seja mais durável... Cá e lá continuamos reféns da mesma forma de fazer e pensar o mar, subjugados às incertezas do costume que continuam a alimentar os vícios de sempre. Certa é a vontade do mar e a incapacidade para o perceber. Certo é que precisamos de mais intervenções para proteger a nossa costa, mas que acima de tudo precisamos de melhores intervenções.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

...mais vento na claridade

claridade summer sand storm

Imagens da webcam surfline.
Mais areia pelo ar aqui e aqui.

sábado, 23 de agosto de 2014

Gliding Barnacles

Praias e antiga garagem Auto Peninsular recebem festival «Gliding Barnacles»

De 28 a 31 de agosto a antiga garagem Auto Peninsular, no Bairro Novo, será palco de algumas das actividades do «Gliding Barnacles», um evento de entrada livre que se desenvolve nalgumas praias do concelho da Figueira da Foz (durante as manhãs e até às 17h00). Após as sessões de praia e até às 24h00 o festival muda-se para a garagem Auto Peninsular, onde acontecem actividades diversas ligadas à música, cinema, design e fotografia, entre outras.

O «Gliding Barnacles» prevê uma vertente de competição aberta a longboarders convidados oriundos de Portugal, Espanha, França, Grã-Bretanha e Itália.
Com um prize money de 3.000 euros (pagos pela Câmara Municipal da Figueira da Foz), a competição funciona no modelo «cash-for-tricks»: as exibições dos surfistas serão filmadas e depois exibidas no recinto da Auto-Peninsular e votadas pelos presentes.
A edição zero do festival – promovido pela Associação de Desenvolvimento Mais Surf e Gliding Barnacles Gentleman Club – pretende, segundo anunciou hoje a organização, “promover a Figueira da Foz como destino turístico do surf mundial”, concretamente o longboard clássico, “fazendo interagir a modalidade com a cultura artística, artes e ofícios que lhes estão associadas”.

No recinto da garagem o programa inclui música ao vivo (bandas e DJ’s), projecção de filmes de surf, construção de pranchas, workshop de fotografia, espaço de serigrafia e artes plásticas, um mercado de artigos vintage e uma cadeira de barbeiro para quem quiser fazer barba ou cabelo.
Quanto a uma eventual concorrência aos empresários do sector dos bares e similares, a organização garante que não se coloca a ideia, uma vez que o espaço físico da garagem encerra portas à meia noite, convidando os cerca de 1.500 a 2.000 visitantes diários esperados a frequentar os estabelecimentos desta zona no centro da cidade.

Ana Carvalho mostrou-se “muito satisfeita” com a escolha do local desejando que projetos futuros possam aparecer a fim de requalificar/recuperar a antiga garagem Auto Peninsular, um imóvel de “interesse arquitectónico”.
O surf, bem como os desportos náuticos, fazem parte do plano de desenvolvimento estratégico delineado pela autarquia. “Temos em curso ou previstas várias acções para qualificar, ampliar ou recuperar estruturas náuticas com o objectivo de cativar mais praticantes”, disse a vereadora dando como exemplo a intenção de implementar um centro de alto rendimento ou surf houses.
Potenciar a marca da “onda mais comprida da Europa” faz ainda parte dos planos pensados pela autarquia figueirense, bem como levar o universo dos desportos náuticos aos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico (desporto escolar).

Gliding Barnacles: trata-se de uma analogia com as lapas que passam a vida agarradas aos cascos dos navios. Representa a união física e mental do surfista com a sua prancha.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

bypass cá e lá por Gonçalo Cadilhe

" Kirra é uma das melhores ondas do mundo. Por causa da construção de um molhe na barra do rio Tweed, a montante de Kirra, o banco de areia onde se forma a onda desapareceu durante uns anos. A deriva litoral foi interrompida, a onda desapareceu. A semelhança com o Cabedelo, a mãe de todas ondas da Figueira da Foz, é impressionante. Na minha cidade, a construção dos molhes da foz do Mondego criou desequilíbrios titânicos no litoral: a praia da Figueira, a norte do rio, acumulou areia até se tornar um deserto; as povoações a sul do rio, até à Marinha Grande, deixaram de receber areia e todos os invernos são inundadadas pelo mar. A onda do Cabedelo, tal como Kirra, também desapareceu.
A semelhança também funciona por antíteses: na Austrália estes problemas resolvem-se, em Portugal não. A instalação de um bypass através do rio Tweed repôs o fluxo das areias e Kirra recuperou a velha glória; entretanto, a mesma solução de um bypass na Figueira da Foz vai contra os lobbies instalados do cimento, das obras públicas e das dragagens de barras. A onda do Cabedelo continua morta, a erosão a sul do Mondego continua a destruir o litoral, os lobbies continuam a sua actividade ciclópica e ineficaz: mais uma dragagem à barra, mais um molhe pela praia fora, mais uma obra pública a sair dos dinheiros comunitários e a entrar nos bolsos do costume, mais um prego no caixão da paisagem natural da costa portuguesa."

CADILHE Gonçalo, Passagem para o horizonte, Clube do Autor, 2014, pág. 234 e 235.
Infografia por Ana Kaiseler.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

think global, act local

A Ordem dos Engenheiros tem vindo a público manifestar a sua preocupação com o Litoral Português na imprensa generalista e agora com a revista da Ordem, que faz deste o seu tema de capa. Aqui, um conjunto notável de especialistas nacionais, do mundo universitário e empresarial, discorrem sobre o flagelo da erosão e da bondade das suas soluções para a resolução deste problema. Ao longo dos vários contributos o déficit sedimentar parece ocupar o primeiro lugar no diagnóstico e, ainda que identificados por um dos autores os depósitos sedimentares disponíveis na Figueira da Foz e de Aveiro e por vários o destaque dos benefícios da alimentação artificial, não encontramos qualquer referência directa ao sistema de transferência por bypass - referente comum no contexto global nestas temáticas. Aliás, contrastam as raras referências ao contexto global com a quantidade de elogios à engenharia costeira portuguesa, confundindo-se por vezes se estamos no campo do contributo que pretende informar ou no do panfleto que defende interesses corporativos. Há contributos centrados na oportunidade da mudança de paradigma, mas também oportunismo nos recados ao Grupo de Trabalho do Litoral (GTL) recentemente designado pelo Secretário de Estado do Ambiente para rever a estratégia de gestão das zonas costeiras. Teremos que aguardar pelo resultado da reflexão do GTL para saber se o país vai poder contar com as técnicas conhecidas ou se vai continuar refém dos técnicos conhecidos, ainda que a qualidade e abrangência disciplinar que reconhecemos no grupo liderado pelo professor Filipe Duarte Santos nos deixe optimistas enquanto aguardamos por melhores dias.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

sim Sr. Professor


















[...] No passado descurámos completamente as questões de ordenamento. Construímos em zonas dinâmicas e de risco, expusemos novas edificações a riscos que já seriam expectáveis. Por outro lado, a nível portuário – e os portos são vitais em termos económicos para o País –, tivemos sempre uma visão não integrada das infraestruturas. Foram aumentados e construídos quebra-mares, e aprofundados canais de navegação, sempre na perspetiva da melhoria das condições de segurança e de operacionalidade dos portos, mas ignorando, esquecendo ou fechando os olhos àquilo que seriam as consequências dessas infraestruturas a sotamar [...] Essa é uma das principais causas, pois as situações mais críticas estão quase sempre a sul dos portos que têm grandes quebramares e grandes canais de navegação [...] Existiram intervenções recentes em portos em que se dizia que os impactos a sotamar seriam apenas durante um, dois ou três anos e depois seria retomado um equilíbrio dinâmico natural.

Se isso não tinha acontecido em relação a intervenções feitas há 15 ou 20 anos, por que é que agora, numa intervenção ainda mais impactante, deixaria de ter impactos negativos ao fim de dois ou três anos? 

Alertei sistematicamente para essas situações e isso foi sistematicamente ignorado [...] Num passado recente, diria até aos anos oitenta, a gestão da zona costeira estava entregue à Direção-geral de Portos, e a sua principal competência tinha a ver com os portos ao longo da costa portuguesa. Estudos e planos muito interessantes que foram realizados nessa altura, do ponto de vista do diagnóstico dos problemas de erosão, ainda hoje são relevantes, mas quanto às propostas de intervenção ignoravam-se completamente as questões de ordenamento do território e as soluções passavam por construir esporões de norte a sul do País [...] E sempre que se diz que o problema está “definitivamente resolvido”, passados alguns anos, afinal, ou porque o mar colocou areias no canal ou porque o porto precisa de ser expandido, ou porque é preciso aumentar as condições de navegabilidade e acesso às embarcações, aumentam-se os quebramares e aprofundam-se canais, como ocorreu recentemente. As consequências na instabilidade a sul da barra são mais visíveis e têm mais impacto nos últimos 40 ou 50 anos. E desde há mais de 30 que andamos a dizer que os problemas a sul de Aveiro estão a agravar-se e vão continuar a agravar-se [...] Foi um erro não se terem assumido e mitigado os impactos negativos a sul de Aveiro. Nem todos os investigadores e técnicos tiveram coragem para denunciar a situação. Fi-lo muitas vezes, e ao longo de muitos anos, em relação à costa a sul de Aveiro e a sul da Figueira da Foz [...] 

[...] Os esporões não funcionam se não houver trânsito de areias, as fundações dos paredões começam a ser infraescavadas porque não estão assentes em rocha e entram em processo de instabilidade [...] 

sim Sr. Ministro
















[...] vamos também pensar em soluções inovadoras que resultem de uma nova avaliação de riscos e de um maior conhecimento sobre sistemas complexos como a costa e o mar. E foi essa a razão pela qual preferimos, antes de avançar imediatamente para a revisão dos POOC, pedir ao Professor Filipe Duarte Santos para, numa comissão multidisciplinar, desenvolver uma revisão da Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Zona Costeira (ENGIZC), de forma a que, a partir dessa Estratégia, possamos iniciar a revisão dos POOC e, a partir desses Planos, definir as novas ações já com novo financiamento europeu. Estamos num momento de charneira [...] 

[...] É necessário, sobre o litoral, ter uma abertura de espírito que, de forma prosaica, se poderá traduzir na capacidade de “pensar fora da caixa”. Isto é, nós estamos habituados a concretizar uma série de ações que repetidamente passam por alimentação artificial de praias, proteções dunares, proteções aderentes, todo um conjunto de ações que, em algumas situações, se verificou ineficiente. E eu prefiro assumir, de forma frontal, que a repetição de tipologias de intervenção ao longo destas décadas não atingiu os resultados pretendidos. Logo, é necessário pensar, com todas as competências que existem, e tirando partido de algumas experiências internacionais, em intervenções que protejam a costa mas que protejam também os nossos recursos [...] 

[...] O controlo, a mitigação, a adaptação, sem dúvida, mas temos de ter também a humildade de assumir que não é possível artificializar toda a costa. O que estou a dizer tem alguma controvérsia, mas o tema da restrição financeira é relevante. O que temos pela frente nas próximas duas décadas, no que respeita à nossa orla costeira, é tão significativo que não nos podemos dar ao luxo de gastar, por rotina, em tipologias que, por rotina, vamos definindo como as certas [...] 

sábado, 9 de agosto de 2014

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

a praia


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

as praias da Figueira são notícia


A praia do Cabedelo é notícia pelo surf, a de Quiaios pelas dunas e a da Claridade pelo tomate.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

tomate


quarta-feira, 30 de julho de 2014

assim morreram os patos

Aparentemente, na Praia da Claridade, não foi o burro que morreu por falta de comer, foram os patos do Oásis por falta de beber. Talvez resistam os tomates que agora crescem no meio do areal, se o javali não voltar para os comer. Não está fácil a vida no deserto...

À esquerda notícia do Diário de Coimbra e à direita em As Beiras,  30 de Julho.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

assim morreu o burro

Aparentemente estão a esconder a praia da claridade com lixo e ervas daninhas com o objectivo de ludibriar a tutela, e como se este disparate não bastasse, ainda vêm a público revelar a estratégia, acreditando que na Agência Portuguesa do Ambiente não haja quem leia jornais. Mais grave é o facto desta deliberada intenção de "perder características de praia" poder resultar na sua derradeira condenação - o burro morreu desta forma, quando finalmente já se tinha habituado a não comer.


domingo, 20 de julho de 2014

renaturalizar


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Kelly Slater, 1996 @ CIDADESURF

in revista SurfPortugal