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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

sintético

Depois da natação ter conseguido umas tantas piscinas,a vela e o ténis beneficiarem da requalificação da envolvente do Forte de Santa Catarina, temos agora um campo sintético para o futebol... E nós, vamos continuar no lado de lá abandonados à nossa sorte? Ao nosso lado nunca chegou a reabilitação, nem a atenção, nem a vontade. Naquele lado nem direito temos à luz.
Sobre o campo sintético - “Esta obra é, acima de tudo, o cumprimento do dever de uma autarquia de dotar a sede de concelho de equipamentos que promovam o desporto, e os seus praticantes, de uma forma digna”, refere João Ataíde.

esquerda e direita

À esquerda os deputados, preocupados com a erosão a sul, querem apressar a construção de dois paredões para que o mar não leve o resto da areia, à direita os pescadores queixam-se porque a barra está assoreada. Nós que andamos aqui a pregar aos peixinhos acreditamos que um BYPASS até dava jeito, uma vez que permitiria a passagem da areia a mais a norte, para sul onde está a fazer falta. Mas se calhar isto é mais uma daquelas coisas entre a esquerda e a direita... Talvez não venham a ser as dificuldades tecnológicas, operacionais ou de qualquer outra natureza a comprometer a possibilidade do BYPASS, mas antes a urgência de atacar o problema com betão, diligentemente armado, por homens bem intencionados nos dois lados da bancada.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

uma agulha no palheiro do POOC


Finalmente conseguimos encontrar uma referência "às excelentes condições para os desportos de mar e ondas..." e ainda o destaque "... locais reconhecidos internacionalmente para a sua prática". Está no quadro 6-FCD3 Economia da zona costeira, Fase 1 - Definição de âmbito da Avaliação Ambiental do POOC-OMG, com data de Novembro passado, que só agora tivemos conhecimento. Falta saber se os técnicos vão identificar os locais reconhecidos internacionalmente e se o vão fazer no sitio certo.
Subsiste portanto a dúvida relativa à inscrição das ondas que fazem parte da candidatura do Cabo Mondego ao programa World Surfing Reserves. Na ausência desta clarificação continuamos a depender do juízo dos técnicos que, com a chancela universitária, ainda podem considerar a zona pouco aconselhável por causa das rochas, inscrevendo para os próximos dez anos o mesmo disparate que já ouvimos da boca de outros técnicos não menos qualificados.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

air PASS

Esta solução por via aérea usando a força do vento, para  repor a circulação das areias para sul, até poderia ser uma alternativa ao BYPASS - o sistema de transferência mecânica para reposição da deriva litoral que defendemos. Não fosse o agravamento das dragagens da barra, até seria uma solução mais amiga do ambiente... Será que alguém se esqueceu de fechar a porta de trás ou somos nós que estamos a fazer mal as contas? Qual será o impacto do transporte por acção do vento na dragagem da barra agora que a extensão da praia aumentou significativamente?

surf's up ?



Assunção Cristas e Pitta e Cunha já incorporaram o surf nos seus discursos sobre o mar, falta agora aprofundar o tema. Oxalá não perguntem a algum assessor... Oxalá mandem alguém à praia.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

contributo à revisão do PENT

Contributo endereçado à revisão do PENT no horizonte de 2015, no âmbito da consulta pública em curso. Aqui.


Sendo certo o consenso sobre a diversidade concentrada na proposta de valores essenciais e ativação da marca «Destino Portugal», não se percebe que todos os indicadores e propostas sejam divididos numa lógica regional. Nesta metodologia de trabalho conseguimos parâmetros de aferição vários sobre os que vêm e para onde vêm, mas não percebemos ao que vêm. Julgamos que será este o calcanhar de Aquiles desta proposta que falha na clarificação da oferta nacional centrada no produto. 
Naturalmente que no produto estadias de curta duração em cidade a abordagem que defendemos não fará muito sentido, já nos produtos gastronomia e vinhos, ou no surf, facilmente se percebe que a diversidade é fundamental para qualificar a oferta e contribuir para a duração da estadia. Mesmo no sol e mar também a possibilidade de juntar à tranquilidade do mediterrâneo a magnitude do atlântico nos parece a via mais sustentável para a valorização de uma oferta que dificilmente conseguirá contrariar a preferência dos países da bacia do Mediterrâneo, como a Turquia (líder neste ranking), em detrimento dos destinos tradicionais como Portugal. Por muito apetecível que seja este produto parece-nos difícil a competição entre um país claramente mediterrânico com um país sobretudo atlântico, quando os factores de competitividade não aprofundam os nossos valores distintivos. 

É no entanto ao atlântico que a revisão do PENT vai buscar a primeira novidade: inscrição do segmento surfing no produto turismo náutico. Uma evolução muito positiva ainda que este avanço possa não ser suficiente para a afirmação deste segmento emergente. Apesar do mérito que reconhecemos com esta entrada, encontramos falhas graves na constituição do produto, na identificação dos factores de competitividade e ainda na estruturação da oferta. Acreditamos que estas só não vão condicionar o bom desempenho no sector porque aqui a qualidade do recurso continuará a servir a oferta, resistindo mesmo ao pior desempenho da administração central, como se tem verificado até ao presente. 

Sobre a constituição do produto, para além da substituição da designação de surfing por surf, por uma questão básica de credibilidade, há que separar definitivamente as águas: náutica de recreio e surf são produtos completamente distintos. A ligação à gastronomia e vinhos de cada um destes produtos será certamente mais forte do que as afinidades entre si. A falha nesta associação denota desde logo a necessidade urgente de aprofundamento sobre as realidades em causa, sob pena de se vir a prestar um mau serviço a ambas. A relação do surf com o mar é directa, a partir da praia como na arte-xávega, a da náutica de recreio é indirecta, a partir de um ancoradouro protegido como nos transportes marítimos. Os primeiros procuram a rebentação os outros fogem dela. 

Na identificação dos factores de competitividade a primeira falha é a ausência de qualquer referência aos mais de 800Km de costa no continente e de quase uma dúzia de ilhas capazes de garantir condições de surf em 365 dias por ano. A segunda é a falha resultante da persistência no erro fundado numa procura generalista, que orienta o produto para os destinos consolidados, ignorando o juízo da comunidade do surf. Não nos oferece qualquer dúvida quanto à inscrição da Ericeira, Peniche ou a Nazaré nos destinos que deverão puxar pelo todo nacional, mas não podemos esconder a nossa perplexidade com a ausência da onda (direita) mais comprida do continente europeu (talvez a mais comprida do mundo, destacada num recente artigo da prestigiada revista The Surfer's Journal), na baía de Buarcos, na Figueira da Foz. Tratando-se de um produto que se baseia num activo cujo impacto da procura pode resultar numa não desejada saturação, eventualmente comprometendo a qualidade da oferta, não fará qualquer sentido excluir qualquer onda de reconhecida qualidade internacional no grupo de destaque, nem negligenciar o valor do conjunto da nossa costa. 

A estruturação da oferta por regiões, no produto surf, é contraproducente com o objectivo da sua afirmação no mercado global. Quem procura o surf no nosso país, não procura a região mas sim a A8 até à Figueira da Foz - a autoestrada dos surfistas como lhe chamou Virgílio Azevedo em "O país que vai na onda", na Revista Única, em 2/12/2011. No surf, como no montanhismo, o que se procura sempre é coleccionar picos, subir aos mais altos dos cinco continentes e não subir cinco vezes o mesmo, ainda que seja o Everest. O país que o Financial Times reconhece como destino de surf na Europa, que tem em 150km de costa a primeira reserva mundial de surf e a segunda prova do WCT, assim como ondas entre as maiores e as mais longas em todo o globo, pode e deve erguer a bandeira da diversidade concentrada, evitando também a competição das regiões pelo surf que só pode resultar em prejuízo para o produto e para o recurso que sustenta a oferta, as ondas.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

CIDADESURF @ jornal Público


Miguel Figueira, em entrevista ao Público, sublinha a necessidade de lançar no país a discussão sobre o papel do mar nas cidades. Sobre o concurso para a praia da Figueira da Foz questiona: "Que legitimidade tem a cidade para propor um concurso para o aproveitamento do areal, quando a areia pertence ao mar e não à cidade?". Diz ainda que tem de aproveitar este prémio da AICA para não deixar morrer a discussão. A ver se desta não se morre na praia...



sábado, 12 de janeiro de 2013

opiniões

O Campeão das Províncias destaca Miguel Figueira como a figura da semana, já Rui Curado, em As Beiras, afirma que será "a personalidade do ano do concelho da Figueira". O jornal Público coloca o arquitecto do SOS Cabedelo à frente de André Villas-Boas, que também está a atravessar um bom momento. No país do futebol não deixa de ser gratificante ver o surf à frente. Afinal também temos Mar.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

desenhar com todos para todos

Miguel Figueira em entrevista ao jornal O Figueirense, 28/12/2012: "Defendo a arquitectura do lado da prossecução do interesse da comunidade, em cada território. Tanto em Montemor-o-Velho como no projecto Cidade Surf o lema é desenhar com todos para todos, a partir do serviço público e dos movimentos de cidadãos."

Destaque do jornal Aurinegra para o envolvimento de Miguel Figueira com o movimento cívico SOS Cabedelo na edição de 11/01/2013.

sábado, 5 de janeiro de 2013

2013, desejos por cumprir

Em 2009 desejámos outra SORTE.
Fizemos o maior logotipo humano no lugar de uma onda, de grande valor para a comunidade global do surf, face à ameaça do prolongamento dos molhes do Porto Comercial.






















Em 2010 desejámos a LIGAÇÃO da cidade ao seu sul 
Promovemos o debate sobre o abandono do sul da cidade e ficámos sem resposta à nossa proposta.























Em 2010 desejámos LUZ no molhe sul 
A sugestão apresentada foi formalizada com a entrega do projecto técnico em 2011 aos serviços técnicos da autarquia que certamente o terão bem guardado na gaveta das boas intenções.













Em 2011 desejámos uma INCUBADORA para apoiar o desenvolvimento desportivo e económico na fileira do surf.
Solicitámos a cedência de um hangar no Cabedelo que até à data se mantém abandonado.  A administração do Porto Comercial deixou morrer o assunto e a Autarquia aproveitou a sintonia. 






















Em 2011 desejámos o BYPASS
Vencemos o prémio MovimentoMilénio com uma proposta que previa a possibilidade da transferência mecânica da areia de norte para sul, repondo a deriva litoral, recuperando a onda do Cabedelo e protegendo o sul da erosão. O mesmo sistema que há mais de uma década funciona com a mesma finalidade em Collangata, Austália.





















Em 2012 desejámos o regresso de O MAR À CIDADE
Fomos distinguidos no concurso público de ideias para a praia frente de mar com o projecto apresentado em 2011, que com a tecnologia da transferência artificial das areias, avançava na sustentabilidade do bypass, quer na protecção da erosão costeira a sul, quer na valorização da principal frente urbana da cidade.






















Em 2013 desejamos que não comprometam o FUTURO
Se em 2013 tudo continuar por fazer, por falta de orçamento, de iniciativa, de motivação, ou até de um outro qualquer motivo porventura legitimo, que não se deixe de desejar uma cidade melhor. 

Para este novo ano lembramos que falta inscrever no POOC:
  • A correcta identificação das ondas com o destaque das inscritas na candidatura do Cabo Mondego ao World Surfing Reserves e a necessária revisão do processo face ao reconhecimento deste importante activo do território.
  • A eliminação definitiva do cenário que mantém em aberto a possibilidade de quebra-mares destacados em Buarcos, atentando contra os habitas naturais ali existentes e aquela que é conhecida como a onda mais comprida do continente Europeu.
  • A inscrição da possibilidade da transferência artificial da deriva litoral nos cenários de protecção costeira, com a devida ponderação do impacto na erosão até ao canhão da Nazaré e a valorização da principal frente urbana em toda a extensão do plano Ovar-Marinha Grande.

Será em 2013 que vamos começar a decidir a cidade que queremos ou será que vamos continuar  com a que merecemos ?























Oxalá seja este um bom ano.





quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

AICA on-line