Miguel Figueira e Eurico Gonçalves entregam um saco de areia da praia da Figueira a Jorge Moreira da Silva, Ministro do Ambiente, que anunciou 750 milhões de euros para a costa num programa centrado na realimentação sedimentar das praias.
O movimento cívico surge em 2009 perante a ameaça à onda do Cabedelo, com a obra de prolongamento dos molhes do Porto Comercial da Figueira da Foz. Em 2010 organiza, na Figueira da Foz, o Seminário Impacto do Surf na Sociedade onde, pela primeira vez em Portugal, se reúnem especialistas das mais variadas áreas disciplinares em torno do surf, alargando-se a reflexão ao papel do mar e do surf no desenvolvimento local. Com a vitória na iniciativa MOVIMENTOMILÉNIO em 2011, ficou inscrita a tecnologia de BYPASS como solução para a reposição da deriva litoral, para melhorar as condições de surf e combater a erosão, a sul. Em 2012, com a distinção no Concurso de Ideias para a praia da Figueira e o aprofundamento da reflexão a norte do porto comercial, coloca-se, pela primeira vez, a possibilidade da devolução da areia, retida na principal frente da cidade, ao mar. Ainda em 2012 o SOS Cabedelo lança a campanha - usar a areia do norte para proteger o sul da erosão e devolver O MAR À CIDADE - intensificando a divulgação pública e os contactos com a administração. Em 2013 regressam à Gold Coast para participar na Global Surf Cities Conference e voltam novamente ao BYPASS do rio Tweed. No final de 2013 vêem recompensados os seus esforços na luta pelo reconhecimento da direita mais longa da Europa, a norte da cidade, com a sua inscrição no Plano Nacional Estratégico do Turismo. No início de 2014, no Azores Wave Week sobem o tom da contestação à revisão em curso do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), questionando a estratégia de protecção costeira preconizada. Depois das três investidas do furacão Hércules, da suspensão da revisão do POOC e da nomeação do Grupo de Trabalho do Litoral (GTL) pelo Ministro do Ambiente é, na Figueira da Foz, que têm oportunidade de partilhar a reflexão com os especialistas liderados pelo Professor Filipe Duarte Santos. O relatório agora apresentado pelo GTL revela uma profunda mudança do paradigma de protecção costeira que agora se quer centrado no reequilíbrio sedimentar, com a transposição de sedimentos nas barras de Aveiro e da Figueira da Foz e a devolução das areias retidas em fim de ciclo ao mar.
Entrevista na SURFTOTAL
Notícia no OBSERVADOR
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