A SOS Cabedelo fala de “um ataque à praia” e questiona a técnica de
ripagem, a constituição de o que diz ser uma nova duna e a construção de
um muro de betão. “Este tipo de intervenção é completamente errado”,
referem Miguel Figueira e Eurico Gonçalves, membros da associação, ao
PÚBLICO. Os activistas da associação criada em 2009 consideram que as
intervenções reduzem a dimensão da praia e põem em causa a qualidade das
ondas com a construção de um muro “supostamente para proteger o
estacionamento que vai desaparecer dali”.
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Miguel Figueira refere mesmo que “toda a economia que tem gerado e
aparecido na zona está em causa” com a construção do muro na zona da
praia mais próxima do parque de campismo, uma vez que este tem impacto
nas ondas do Cabedelo, uma praia muito frequentada por quem pratica
desportos do mar. “A onda do Cabedelo é um activo”, realça, notando que
“tem havido um ressurgimento daquela zona com a economia do mar depois
do declínio da indústria naval”.
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Eurico Gonçalves diz que uma intervenção do género foi levada a cabo em
2015 a cerca de três quilómetros a Sul do Cabedelo, na Praia da Cova, e
refere que entretanto “o mar invadiu a floresta a Sul e destruiu a raiz
do molhe a norte”, pondo “em risco pessoas e bens”.
In Público 22/4/2017 por Camilo Soldado
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