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sábado, 1 de junho de 2013

valor da areia

Um estudo francês destaca a areia e os inertes granulados como o terceiro recurso mais usado em todo o mundo, logo a seguir ao ar e à àgua. Identifica diversas aplicações do seu uso quotidiano e mede o consumo no campo da construção. Explica que 2/3 das construções do planeta são em betão armado e 2/3 deste é contituido por areia, destacando ainda o consumo voraz nas infra-estruturas rodoviárias. Só nas obras públicas os franceses gastam 300 milhões de toneladas, o que empurra o consumo total na construção, por habitante, para as 7 toneladas por ano. 
Nós por cá há muito que chamamos a atenção do valor da areia na defesa da orla costeira. Já percebemos que a falta dela, só entre a Figueira da Foz e a Nazaré, nos empurra para uma despesa de 5 milhões por ano - 50 milhões em 10 anos segundo o cenário 3 do POOC-OMG. Aquilo que nos surpreende é que mesmo na actual conjuntura económica não se questione o valor dos milhões de toneladas retidas na praia da claridade - o maior depósito de areia da nossa costa.
Ainda que entre nós queiram continuar a desvalorizar a areia, então que se fale com os alemães para que estes nos deixem vender a areia aos franceses, para assim podermos contratar os australianos e avançar com a instalação de um BYPASS que nos ajude a proteger a costa portuguesa. Se não a quiserem vender tanto melhor, mas que não deixem de a usar onde faz falta. Uma coisa é certa: mais tarde ou mais cedo vão ter que tirar a cabeça da areia, porque esse é um luxo que vão deixar de poder pagar.

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