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terça-feira, 5 de março de 2013

ubiquidade

domingo, 3 de março de 2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

gregos e troianos


Em 2010 no seminário organizado pelo SOS Cabedelo que marcou em Portugal o início do debate sobre o papel do surf para além da dimensão desportiva, Pedro Adão e Silva sublinhou a importância do momento mas não deixou de notar que a esmagadora maioria dos oradores eram do mundo do surf... Portanto, advogados em causa própria. Não será esse seguramente o caso do Dr. Joaquim Gil e de tantos outros que hoje reiteradamente trazem o surf à praça pública, enriquecendo o debate que será tanto mais importante quanto mais plural, para que seja verdadeiramente útil na (re)construção da cidade. O que não deixa de ser curioso é o facto do jornal As Beiras, poucos dias após o artigo de opinião do Dr. Joaquim Gil sobre o projecto CIDADESURF, noticiar o afastamento de três associações ligadas aos desportos de mar. Percebe-se claramente que nada disto tem que ver com qualquer tipo de questão pessoal entre as partes referidas. Não temos qualquer dúvida de que se trata de uma bizarra coincidência, ainda que porventura ilustrativa de uma certa tendência destes desportos para a auto-exclusão. Este não é um tema novo mas antes o vício recorrente alimentado pelas disputas individuais que, por serem tão próprias destas modalidades, são encaradas num quadro de uma normalidade aceitável. O que se lamenta é a forma inócua que resulta da exploração do espaço mediático conquistado com outro propósito, não se vislumbrando qual o contributo que estas associações querem trazer ao processo. 
Uma coisa é certa: o caminho é hoje mais claro do que alguma vez poderia ter sido e continuará a ser seguido com verdade, sustentado na vontade de todos os que nele se vêem representados e nunca apoiado em qualquer conluio associativo, ou até mesmo num legítimo sistema partidário. Porque foi desta forma que nos comprometemos com este processo e com o conjunto de cidadãos que muito nos honram com o seu apoio. Continuaremos por este caminho centrados na promoção do debate plural e esclarecedor, aceitando com toda a certeza que não iremos agradar a gregos e a troianos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

a sustentabilidade, as galinhas e a broa

Entrega do prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte ao arquiteto Miguel Figueira no dia 18 Fevereiro, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa.

AICA/SEC/Millennium BCP 2011

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

os alemães, o americano, o inglês e os portugueses

Desde 1945 persiste a dúvida sobre as bombas da Nazaré. Nunca se esclareceu se o submarino alemão U-963 que foi afundado junto ao canhão pela própria tripulação estava ou não armado. Uma coisa parece certa: o conhecimento dos alemães daquele lugar, onde a curta distância de terra se encontra um vale submarino tão profundo, ideal para a tripulação ficar a salvo e o segredo ficar guardado. Há muito que as gentes da Nazaré sabem da existência daquele lugar, no mundo do surf também não é propriamente uma novidade, o que é curioso é que tenha sido um americano a mostrar ao mundo que afinal há mesmo bombas na Nazaré. Não que tenha sido tarefa fácil, nem foi conseguido do dia para a noite, obrigou a trabalho, planeamento, organização e investimento. Desconheço se o investimento chegou antes ou depois do americano, mas não tenho qualquer dúvida que sem ele não tínhamos hoje a Nazaré na capa do The Times. Sem o investimento ninguém sabia das bombas na Nazaré. De entre as longas direitas da baía de Buarcos, uma das mais apreciadas é conhecida como a Mina. O nome tem naturalmente que ver com a proximidade com as minas do Cabo Mondego, cuja construção resultou do investimento para a exploração do carvão mineral até ao séc. XX, depois de esgotada a camada superficial que terá sido entregue a um Inglês em meados do séc. XVIII. O que poucos sabem é que na mina também há ouro, sabemo-lo nós os surfistas, locais e estrangeiros, que dele temos tido o privilégio de disfrutar. Um filão de qualidade reconhecida internacionalmente, que será um recurso inesgotável se o soubermos preservar. Também sabemos o que falta, sabemos que falta hoje o que sempre faltou: o investimento e se calhar um australiano para variar, já que em nós, os portugueses, parece que ninguém vai querer investir. 

global surf cities conference 2013

Na sequência do convite que nos foi endereçado para apresentar uma comunicação do projecto CIDADESURF na Global Conference Surf Cities Conference, na Gold Coast, Australia, de 28 de Fevereiro a 1 de Março de 2013, solicitámos apoio com a deslocação e fees de inscrição à Camara Municipal da Figueira da Foz e à Região de Turismo do Centro, na convicção que o aprofundamento deste relacionamento internacional é do interesse da cidade e da região. Eurico Gonçalves e Miguel Figueira são, até ao momento, os únicos representantes nacionais confirmados para este prestigiante evento internacional com forte envolvimento institucional e da indústria do surf, que antecede a primeira prova do ano do circuito mundial da modalidade.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Peniche vs Leixões e o futuro da Figueira

A aposta do Plano Nacional Estratégico de Turismo (PENT) nos cruzeiros, consagrada no produto turismo náutico, rendeu à região norte cinco milhões de euros. A revisão em curso do PENT introduz o surf neste produto e, portanto, vai juntar os ganhos do Rip Curl Pro de Peniche - a prova do circuito mundial de surf que rendeu quase oito milhões de euros. Em Leixões durante todo o ano entraram 76 mil visitantes pelo porto agora preparado para receber os cruzeiros; em Peniche no espaço de poucos dias entraram pela praia de supertubos 130 mil. Diferença maior encontramos nos custos de investimento, onde os 21 milhões gastos em Leixões permitiriam garantir o financiamento total da prova de Peniche por mais de uma década, prova que em 2012 custou 1,6 milhões de euros. Mas mesmo que no tempo os custos fossem equivalentes Peniche manteria a liderança, com o dobro de receita diária por cada estrangeiro em solo nacional. Na Figueira da Foz, porque não há dinheiro e enquanto não chegam os cruzeiros, talvez faça sentido investir no surf.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

sintético

Depois da natação ter conseguido umas tantas piscinas,a vela e o ténis beneficiarem da requalificação da envolvente do Forte de Santa Catarina, temos agora um campo sintético para o futebol... E nós, vamos continuar no lado de lá abandonados à nossa sorte? Ao nosso lado nunca chegou a reabilitação, nem a atenção, nem a vontade. Naquele lado nem direito temos à luz.
Sobre o campo sintético - “Esta obra é, acima de tudo, o cumprimento do dever de uma autarquia de dotar a sede de concelho de equipamentos que promovam o desporto, e os seus praticantes, de uma forma digna”, refere João Ataíde.

esquerda e direita

À esquerda os deputados, preocupados com a erosão a sul, querem apressar a construção de dois paredões para que o mar não leve o resto da areia, à direita os pescadores queixam-se porque a barra está assoreada. Nós que andamos aqui a pregar aos peixinhos acreditamos que um BYPASS até dava jeito, uma vez que permitiria a passagem da areia a mais a norte, para sul onde está a fazer falta. Mas se calhar isto é mais uma daquelas coisas entre a esquerda e a direita... Talvez não venham a ser as dificuldades tecnológicas, operacionais ou de qualquer outra natureza a comprometer a possibilidade do BYPASS, mas antes a urgência de atacar o problema com betão, diligentemente armado, por homens bem intencionados nos dois lados da bancada.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

uma agulha no palheiro do POOC


Finalmente conseguimos encontrar uma referência "às excelentes condições para os desportos de mar e ondas..." e ainda o destaque "... locais reconhecidos internacionalmente para a sua prática". Está no quadro 6-FCD3 Economia da zona costeira, Fase 1 - Definição de âmbito da Avaliação Ambiental do POOC-OMG, com data de Novembro passado, que só agora tivemos conhecimento. Falta saber se os técnicos vão identificar os locais reconhecidos internacionalmente e se o vão fazer no sitio certo.
Subsiste portanto a dúvida relativa à inscrição das ondas que fazem parte da candidatura do Cabo Mondego ao programa World Surfing Reserves. Na ausência desta clarificação continuamos a depender do juízo dos técnicos que, com a chancela universitária, ainda podem considerar a zona pouco aconselhável por causa das rochas, inscrevendo para os próximos dez anos o mesmo disparate que já ouvimos da boca de outros técnicos não menos qualificados.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

air PASS

Esta solução por via aérea usando a força do vento, para  repor a circulação das areias para sul, até poderia ser uma alternativa ao BYPASS - o sistema de transferência mecânica para reposição da deriva litoral que defendemos. Não fosse o agravamento das dragagens da barra, até seria uma solução mais amiga do ambiente... Será que alguém se esqueceu de fechar a porta de trás ou somos nós que estamos a fazer mal as contas? Qual será o impacto do transporte por acção do vento na dragagem da barra agora que a extensão da praia aumentou significativamente?

surf's up ?



Assunção Cristas e Pitta e Cunha já incorporaram o surf nos seus discursos sobre o mar, falta agora aprofundar o tema. Oxalá não perguntem a algum assessor... Oxalá mandem alguém à praia.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

contributo à revisão do PENT

Contributo endereçado à revisão do PENT no horizonte de 2015, no âmbito da consulta pública em curso. Aqui.


Sendo certo o consenso sobre a diversidade concentrada na proposta de valores essenciais e ativação da marca «Destino Portugal», não se percebe que todos os indicadores e propostas sejam divididos numa lógica regional. Nesta metodologia de trabalho conseguimos parâmetros de aferição vários sobre os que vêm e para onde vêm, mas não percebemos ao que vêm. Julgamos que será este o calcanhar de Aquiles desta proposta que falha na clarificação da oferta nacional centrada no produto. 
Naturalmente que no produto estadias de curta duração em cidade a abordagem que defendemos não fará muito sentido, já nos produtos gastronomia e vinhos, ou no surf, facilmente se percebe que a diversidade é fundamental para qualificar a oferta e contribuir para a duração da estadia. Mesmo no sol e mar também a possibilidade de juntar à tranquilidade do mediterrâneo a magnitude do atlântico nos parece a via mais sustentável para a valorização de uma oferta que dificilmente conseguirá contrariar a preferência dos países da bacia do Mediterrâneo, como a Turquia (líder neste ranking), em detrimento dos destinos tradicionais como Portugal. Por muito apetecível que seja este produto parece-nos difícil a competição entre um país claramente mediterrânico com um país sobretudo atlântico, quando os factores de competitividade não aprofundam os nossos valores distintivos. 

É no entanto ao atlântico que a revisão do PENT vai buscar a primeira novidade: inscrição do segmento surfing no produto turismo náutico. Uma evolução muito positiva ainda que este avanço possa não ser suficiente para a afirmação deste segmento emergente. Apesar do mérito que reconhecemos com esta entrada, encontramos falhas graves na constituição do produto, na identificação dos factores de competitividade e ainda na estruturação da oferta. Acreditamos que estas só não vão condicionar o bom desempenho no sector porque aqui a qualidade do recurso continuará a servir a oferta, resistindo mesmo ao pior desempenho da administração central, como se tem verificado até ao presente. 

Sobre a constituição do produto, para além da substituição da designação de surfing por surf, por uma questão básica de credibilidade, há que separar definitivamente as águas: náutica de recreio e surf são produtos completamente distintos. A ligação à gastronomia e vinhos de cada um destes produtos será certamente mais forte do que as afinidades entre si. A falha nesta associação denota desde logo a necessidade urgente de aprofundamento sobre as realidades em causa, sob pena de se vir a prestar um mau serviço a ambas. A relação do surf com o mar é directa, a partir da praia como na arte-xávega, a da náutica de recreio é indirecta, a partir de um ancoradouro protegido como nos transportes marítimos. Os primeiros procuram a rebentação os outros fogem dela. 

Na identificação dos factores de competitividade a primeira falha é a ausência de qualquer referência aos mais de 800Km de costa no continente e de quase uma dúzia de ilhas capazes de garantir condições de surf em 365 dias por ano. A segunda é a falha resultante da persistência no erro fundado numa procura generalista, que orienta o produto para os destinos consolidados, ignorando o juízo da comunidade do surf. Não nos oferece qualquer dúvida quanto à inscrição da Ericeira, Peniche ou a Nazaré nos destinos que deverão puxar pelo todo nacional, mas não podemos esconder a nossa perplexidade com a ausência da onda (direita) mais comprida do continente europeu (talvez a mais comprida do mundo, destacada num recente artigo da prestigiada revista The Surfer's Journal), na baía de Buarcos, na Figueira da Foz. Tratando-se de um produto que se baseia num activo cujo impacto da procura pode resultar numa não desejada saturação, eventualmente comprometendo a qualidade da oferta, não fará qualquer sentido excluir qualquer onda de reconhecida qualidade internacional no grupo de destaque, nem negligenciar o valor do conjunto da nossa costa. 

A estruturação da oferta por regiões, no produto surf, é contraproducente com o objectivo da sua afirmação no mercado global. Quem procura o surf no nosso país, não procura a região mas sim a A8 até à Figueira da Foz - a autoestrada dos surfistas como lhe chamou Virgílio Azevedo em "O país que vai na onda", na Revista Única, em 2/12/2011. No surf, como no montanhismo, o que se procura sempre é coleccionar picos, subir aos mais altos dos cinco continentes e não subir cinco vezes o mesmo, ainda que seja o Everest. O país que o Financial Times reconhece como destino de surf na Europa, que tem em 150km de costa a primeira reserva mundial de surf e a segunda prova do WCT, assim como ondas entre as maiores e as mais longas em todo o globo, pode e deve erguer a bandeira da diversidade concentrada, evitando também a competição das regiões pelo surf que só pode resultar em prejuízo para o produto e para o recurso que sustenta a oferta, as ondas.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

CIDADESURF @ jornal Público


Miguel Figueira, em entrevista ao Público, sublinha a necessidade de lançar no país a discussão sobre o papel do mar nas cidades. Sobre o concurso para a praia da Figueira da Foz questiona: "Que legitimidade tem a cidade para propor um concurso para o aproveitamento do areal, quando a areia pertence ao mar e não à cidade?". Diz ainda que tem de aproveitar este prémio da AICA para não deixar morrer a discussão. A ver se desta não se morre na praia...



sábado, 12 de janeiro de 2013

opiniões

O Campeão das Províncias destaca Miguel Figueira como a figura da semana, já Rui Curado, em As Beiras, afirma que será "a personalidade do ano do concelho da Figueira". O jornal Público coloca o arquitecto do SOS Cabedelo à frente de André Villas-Boas, que também está a atravessar um bom momento. No país do futebol não deixa de ser gratificante ver o surf à frente. Afinal também temos Mar.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

desenhar com todos para todos

Miguel Figueira em entrevista ao jornal O Figueirense, 28/12/2012: "Defendo a arquitectura do lado da prossecução do interesse da comunidade, em cada território. Tanto em Montemor-o-Velho como no projecto Cidade Surf o lema é desenhar com todos para todos, a partir do serviço público e dos movimentos de cidadãos."

Destaque do jornal Aurinegra para o envolvimento de Miguel Figueira com o movimento cívico SOS Cabedelo na edição de 11/01/2013.

sábado, 5 de janeiro de 2013

2013, desejos por cumprir

Em 2009 desejámos outra SORTE.
Fizemos o maior logotipo humano no lugar de uma onda, de grande valor para a comunidade global do surf, face à ameaça do prolongamento dos molhes do Porto Comercial.






















Em 2010 desejámos a LIGAÇÃO da cidade ao seu sul 
Promovemos o debate sobre o abandono do sul da cidade e ficámos sem resposta à nossa proposta.























Em 2010 desejámos LUZ no molhe sul 
A sugestão apresentada foi formalizada com a entrega do projecto técnico em 2011 aos serviços técnicos da autarquia que certamente o terão bem guardado na gaveta das boas intenções.













Em 2011 desejámos uma INCUBADORA para apoiar o desenvolvimento desportivo e económico na fileira do surf.
Solicitámos a cedência de um hangar no Cabedelo que até à data se mantém abandonado.  A administração do Porto Comercial deixou morrer o assunto e a Autarquia aproveitou a sintonia. 






















Em 2011 desejámos o BYPASS
Vencemos o prémio MovimentoMilénio com uma proposta que previa a possibilidade da transferência mecânica da areia de norte para sul, repondo a deriva litoral, recuperando a onda do Cabedelo e protegendo o sul da erosão. O mesmo sistema que há mais de uma década funciona com a mesma finalidade em Collangata, Austália.





















Em 2012 desejámos o regresso de O MAR À CIDADE
Fomos distinguidos no concurso público de ideias para a praia frente de mar com o projecto apresentado em 2011, que com a tecnologia da transferência artificial das areias, avançava na sustentabilidade do bypass, quer na protecção da erosão costeira a sul, quer na valorização da principal frente urbana da cidade.






















Em 2013 desejamos que não comprometam o FUTURO
Se em 2013 tudo continuar por fazer, por falta de orçamento, de iniciativa, de motivação, ou até de um outro qualquer motivo porventura legitimo, que não se deixe de desejar uma cidade melhor. 

Para este novo ano lembramos que falta inscrever no POOC:
  • A correcta identificação das ondas com o destaque das inscritas na candidatura do Cabo Mondego ao World Surfing Reserves e a necessária revisão do processo face ao reconhecimento deste importante activo do território.
  • A eliminação definitiva do cenário que mantém em aberto a possibilidade de quebra-mares destacados em Buarcos, atentando contra os habitas naturais ali existentes e aquela que é conhecida como a onda mais comprida do continente Europeu.
  • A inscrição da possibilidade da transferência artificial da deriva litoral nos cenários de protecção costeira, com a devida ponderação do impacto na erosão até ao canhão da Nazaré e a valorização da principal frente urbana em toda a extensão do plano Ovar-Marinha Grande.

Será em 2013 que vamos começar a decidir a cidade que queremos ou será que vamos continuar  com a que merecemos ?























Oxalá seja este um bom ano.





quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

AICA on-line




sábado, 29 de dezembro de 2012

Miguel Figueira distinguido com o prémio AICA

O coordenador técnico das propostas que o movimento SOS Cabedelo tem vindo a apresentar à cidade, na Figueira da Foz, foi distinguido com o prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte - prémio AICA 2011. Trata-se de um importante prémio que distingue anualmente um artista plástico e um arquitecto cujo percurso profissional “seja considerado relevante pela crítica, e cujo trabalho tenha estado particularmente em foco no ano a que diga respeito”.

@ As Beiras 27.12.2012

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

cidades e território



"... aquilo que me vem desiludindo é que hoje, nos novos planos, não se percebe qual é a ideia de cidade..."  Miguel Figueira @ As Beiras em 10.12.2012

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

surftotal awards 2012

"o sucesso (do desenvolvimento integrado do surf e dos seus territórios) dependerá do bom funcionamento em rede, que terá de integrar a excelência da reserva mundial de surf da Ericeira, o sucesso da prova do circuito mundial de surf em Peniche, a dimensão da onda da Nazaré, e a qualidade das ondas do Cabo Mondego"
@ A Voz da Figueira em 5.12.2012




Jorge Antunes Barroso, João Ataíde e António José Correia, autarcas de Nazaré, Figueira da Foz e Peniche, respectivamente.
fotografia Vitor Estrelinha @ nazarewallpapers.blogspot

@ CEMAR

Carlos Monteiro, Vice-Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, e João Maria Ribeiro Reigota, Presidente da Câmara Municipal de Mira, na homenagem ao Capitão João Pereira Mano (1914-2012) no dia 30 de Novembro de 2012 na Aula do ABCD-Arquivo Biblioteca e Centro de Documentação do CEMAR, na Figueira da Foz (Buarcos). Entre os presentes na homenagem à memória do maior historiador naval da região da Foz do Mondego, no dia 30 de Novembro de 2012, membros da sua família, e uma representação de Mira e da Praia de Mira (com a Vereadora da Cultura da CMM, o Poeta João Nogueira, Mestre Alcino Clemente, etc.), e também da Figueira da Foz, com, entre outros, Eurico Gonçalves e o Arq. Miguel Figueira (SOS Cabedelo).

@ A Voz da Figueira em 5.12.2012

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

POOC amnésia



Na reunião do passado dia 15 de Novembro ficámos a saber, pelos responsáveis da revisão do POOC, que o momento para o aprofundamento da reflexão sobre o nosso contributo já não é oportuno... Curiosamente somos informados desse facto pelo representante da equipe técnica que também integrou o júri do concurso público para a frente de mar da Figueira da Foz e Buarcos e que assistiu à apresentação e discussão pública nas filas da frente.
O video regista o momento em que nos dirigimos aos representantes do POOC a reiterar a inclusão do nosso contributo, oportunamente submetido em Novembro do ano passado.







temos ONGA

imagem @ SURFPORTUGALlink SURFTOTAL

Desde a sua fundação como movimento cívico, no inverno de 2002/2003, a SOS Salvem O Surf teve como ambição obter o estatuto de Organização Não-Governamental de Ambiente (ONGA). Após um longo processo burocrático, a direção da SOS concretizou esse sonho ao receber da Agência Portuguesa do Ambiente a confirmação do grau de Organização Não Governamental equiparada a ONGA.
Na prática, a partir de agora a SOS passa a ter maior autoridade junto das instituições e autoridades competentes para exigir a consulta de projectos costeiros que possam ter influência nas nossas ondas.
Pedro Bicudo, presidente da SOS, sublinha que «a direção da SOS agradece a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para o concretizar desta importante meta. Esta é uma notícia que nos deixa a todos felizes e certamente contribuirá para o desenvolvimento sustentado dos desportos de ondas em Portugal».

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SOS salvem o surf apoia SOSCabededelo Figueira da Foz

"A SOS salvem o surf decidiu, na reuniao da direcção de 27 de Novembro, aconselhar a comunidade a votar na SOS Cabedelo / Figueira da Foz para as SURTOTAL awards. A Figueira da Foz, Portugal e o mundo, correm o risco de perder a onda mais longa da Europa, a onda de Buarcos, devido ao novo POOC..."

Comunicado da SOS salvem o surf

POOC do Sr A.braz




post de A.braz @ movimentomilenio.com _comentário ao projecto CIDADESURF

facebook de Gonçalo Cadilhe

terça-feira, 27 de novembro de 2012

vota SOS Cabedelo Figueira da Foz

Pedro Maurício Borges (quarto à esquerda) é co-autor do projecto premiado no concurso para a frente de mar da Figueira da Foz que defende o recuo da praia e o regresso do MAR À CIDADE. O arquitecto figueirense que venceu em 2002 o prestigiado prémio Secil, apela ao voto no movimento SOS Cabedelo Figueira da Foz para os SURFTOTAL awards na Oscars Night da Figueira da Foz onde foi também distinguido no passado dia 24 de Novembro.




segunda-feira, 26 de novembro de 2012

o POOC dos triângulos, quadrados e bolinhas

Concordamos com a crítica que a equipe da revisão do POOC faz ao anterior Plano em vigor: a desigualdade de tratamento entre faixas terrestres e marítima (pag. 26, Volume I. Relatório). O que não concordamos é que se fique pelas boas intenções. Não concordamos que fiquem ausentes da caracterização funcional a pesca e o penedo, a arte-xávega e os seus lugares no mar, ou o surf e as ondas.
Se os técnicos do POOC têm pudor em enquadrar as ondas nos equipamentos desportivos, ainda que estas estejam para o surf como o campo para o futebol, então que as referenciem no último grupo da legenda em OUTROS. Assim até ficamos junto com o Parque Infantil (ver legenda) o que certamente fará sentido para todos aqueles que julgam que o surf é uma brincadeira de miúdos. Se não quiserem seguir por aqui, ainda podem enquadrar no Apoio à Actividade Turística, com bolinha azul, como o Aquaparque do Teimoso ou o Parque das Abadias. O mais importante, independentemente da categoria ou do símbolo que lhe queiram associar, seja bola azul, triângulo amarelo ou quadrado noutra cor qualquer, é que o façam no sítio certo: no MAR.

in relatório POOC

domingo, 25 de novembro de 2012

POOC teimoso

Num artigo sobre as ondas mais compridas no mundo, na última edição da conceituada publicação The Surfers Jornal, são as ondas de Buarcos que ilustram o continente Europeu. A descrição dos principais equipamentos de apoio à actividade turística, do relatório do POOC, refere que a oferta na área de intervenção é pouco qualificada e diversificada, distinguindo, para além dos postos de turismo, duas infraestruturas de recreio náutico, a Doca da Figueira da Foz e o Clube Náutico da Costa Nova, cinco piscinas de acesso público e três parques aquáticos, onde consta o Aquaparque Teimoso. Aquilo que é surpreendente é que os técnicos do POOC tenham ido até ao Teimoso para fazer a identificação do Aquaparque e não tenham tido o cuidado de olhar para o mar...
Buarcos @ The Surfer's Journal


O relatório do POOC refere que na área de intervenção a oferta "é pouco qualificada e diversificada", o artigo do The Surfers Journal refere que as ondas de Buarcos podem mesmo ser as mais compridas em todo o mundo. 
Fica a dúvida se serão os nossos recursos pouco qualificados ou se o será o diagnóstico do POOC.


in relatório POOC

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

POOC made in Aveiro

O POOC made in Aveiro, para além de ignorar por completo a praia do cabedelo, palco da primeira prova do WCT em Portugal (o circuito profissional de surf que desde 2009 se realiza em Peniche), negligência de forma grosseira toda a actividade turística na Figueira da Foz. Tranquiliza-nos o facto de perceber que não há aqui qualquer perseguição ao surf ou aos surfistas... Claramente o problema é de outra natureza.



in Relatório do POOC-OMG














Figueira Pro na década de 90 na praia do Cabedelo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

SOS Cabedelo nomeado para os SURFTOTAL awards










O SOS Cabedelo Figueira da Foz está nomeado para os SURFTOTAL awards. Para vencer na categoria da Associação Ambientalista necessitamos do voto público. VOTA AQUI. A Figueira da Foz conta com fortes candidatos em diferentes categorias:

I Surf Academy (empreendedor ao nível da indústria)
Janga (empreendedor ao nível da indústria)
Ivo Cação (o mais reconhecido tube rider)
João Ataíde (político que apoia o surf)
João Bracourt "Breck" (fotógrafo)
Drift Wood Colective (marca mais ecológica)
SOS Cabedelo Figueira da Foz (associação ambientalista)
Eurico Gonçalves (surfista bem sucedido)

O preenchimento de todos os campos é obrigatório e terá que ser confirmado por mail.
Apoia a Figueira da Foz. VOTA.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

POOC (pouco) disponível...





sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CAR Surf


Entrevista de Hugo Rocha a Miguel Figueira para a revista SufPortugal

Para começar, gostava de perguntar de que forma estiveste envolvido na implementação do CAR de Montemor-o-Velho?
Tive o privilégio de estar envolvido em todas as fases deste processo: na elaboração do programa, na coordenação do projecto, e por fim no acompanhamento da obra. Este projecto foi desenvolvido no município por uma equipe interna que tive a honra de chefiar e que contou, desde a primeira hora, com um envolvimento muito forte da comunidade desportiva, não só a nível institucional (Secretaria de Estado do Desporto, Federações Nacionais e entidades reguladoras internacionais), mas também dos nossos atletas a quem a infra-estrutura se destina.

Sendo o CAR de Montemor dedicado a vários desportos (canoagem, remo, natação de águas livres e triatlo), quais foram as principais preocupações subjacentes à construção e implementação deste projecto? Como chegaram a essas conclusões?
A principal preocupação é servir bem o fim a que se destina. Neste caso este objectivo divide-se na resposta ao nível da valorização territorial e no serviço ao desporto de alto rendimento nas modalidades que procura servir. Se no primeiro objectivo o que distingue a qualidade da intervenção se prende com uma correcta leitura e análise do território, maturada ao longo de anos de reflexão em torno do vale e do rio, no segundo o factor distintivo que mais terá contribuído para o desenvolvimento do projecto foi o alargado nível de participação dos interessados, com destaque para as parcerias internacionais onde também fomos buscar algum know-how e para os atletas nacionais que lhes fazem o contra-ponto e a crítica. O facto de estarmos a trabalhar modalidades com alguns dos programas mais esclarecidos para o alto rendimento naturalmente que contribuiu de forma decisiva para a qualidade do processo de participação e consequentemente para o desenho da infra-estrutura. O direccionamento para o core - o plano de água e as respectivas estruturas de apoio ao treino - bem como o pragmatismo numa abordagem ao programa, centrado na perspectiva do baixo custo de utilização, acompanharam sempre o desenvolvimento do projecto.

Fala-me do sucesso e reconhecimento que o CAR de Montemor tem obtido, bem como dos factores que, a teu ver, têm conduzido a isso;
Apesar do entusiasmo que sentimos por parte dos utilizadores e da excelente receptividade que temos verificado nas grandes provas internacionais, é cedo para cantar vitória sobre este processo, até porque em larga medida o sucesso não depende só da qualidade da infra-estrutura mas também do seu modelo de gestão, que tarda a entrar em funcionamento. A infra-estrutura é uma ferramenta, um instrumento ao serviço dos programas das modalidades para o alto rendimento, que independentemente da sua qualidade própria, pode ser bem o mal usada. 
Ainda assim no plano das vantagens comparativas no quadro global, destacaria algumas inovações que, em grande parte, surgem por via dos constrangimentos orçamentais e do aproveitamento das condições naturais, reconhecidas como avanços neste tipo de infra-estruturas de classe olímpica. Mas talvez um dos argumentos mais fortes desta pista seja o da sua localização, por causa do clima, já que as modalidades que serve têm uma forte expressão no norte da Europa onde o acesso à água, em grande parte do ano, fica muito condicionado. Os factores naturais nestes desportos de outdoor fazem toda a diferença e no quadro do surf esta relação é ainda mais evidente, já que temos ainda que integrar outro elemento natural: o mar.

Passando para a temática dos CARSurf, começaria por perguntar se tens conhecimento dos moldes em que estes foram estruturados? 
O conhecimento que tenho sobre os CARSurf é o que me chega através da comunicação social e duma breve passagem por Peniche. Sei que o programa que suporta estes centros é o mesmo que suportou o de Montemor e que também terá tido o envolvimento da federação a que se destina. Aqui terminam as semelhanças, em tudo o resto aparentemente é diferente. Pelo menos assim parece evidenciar o resultado...

Quais são essas diferenças que notas ? Qual é a tua posição sobre essas diferenças, enquanto surfista e arquitecto com experiência na matéria?
A diferença mais substantiva é que no CARSurf falhámos o core - que neste caso são as ondas e as estruturas de apoio ao treino. Aquilo que me parece é que este programa se resume a pouco mais do que um bed and breakfast. Parece-me absurdo que o maior investimento de dinheiros públicos alguma vez direccionado para o surf não tenha contemplado qualquer verba para a valorização das ondas e da orla costeira, sendo certo que é esse o nosso palco. Como surfista não percebo como é que se trocam ondas por camas ou equipamento de ginásio por mesinhas de cabeceira, e como arquitecto também não. 
No caso de Montemor todo o investimento público foi direccionado para o core. Naturalmente que o alojamento e as refeições também têm que estar disponíveis, mas isso é resolvido com a oferta local; não faz muito sentido ter os dinheiros públicos a suportar actividades concorrentes com as que estão instaladas.
As opções das federações com que trabalhei têm uma lógica de funcionamento oposta à da Federação de Surf, preferem receber o dinheiro do estado e negociar com os privados do que esgotar o orçamento na manutenção de um centro de dormidas. No caso do surf, que funciona em contra-ciclo com a sazonalidade do turismo sol-mar, ainda mais se justificaria não optar por encargos fixos desta natureza. Tal como o triatlo não pode dispensar o treino de altitude no México ou a canoagem o treino com terapia de frio na Polónia, o surf não pode dispensar a Indonésia ou o Hawai, pelo que na gestão das obrigações das federações se deva priorizar os objectivos direccionados às opções de treino dos atletas. 

Qual consideras que deveria ser a função/objectivo dos CARSurf? E de que modo tal poderá ser atingido?
O objectivo principal de qualquer CAR é o do desenvolvimento do desporto de alto rendimento, como o próprio nome o evidência. Se queremos pensar noutros objectivos então vamos arranjar outro nome, porque este obviamente não serve. 
Sobre o equipamento dos CARSurf tive conhecimento sobre uma discussão acerca da possibilidade de aquisição de pranchas. Um absurdo completo que só pode vir de uma decisão mal informada. Então alguém acredita que os atletas vão treinar sem as suas pranchas? Era o que mais faltava! Se quiserem fazer contratos-programa com o shaper de cada atleta eles certamente que agradecem, agora despejar pranchas nos CARSurf não faz qualquer sentido. Em Montemor os únicos barcos que foram comprados foram os barcos a motor para apoio ao treino e às provas. Porque é que não fazem o mesmo com o surf? As motas de água até nos davam muito jeito... Já o equipamento de ginásio, relaxe e massagem, ou material de vídeo, são equipamentos transversais ao treino de alto rendimento na grande maioria das modalidades, como também é transversal a necessidade de equipes de apoio multidisciplinar para a optimização do rendimento desportivo.
Não sei como nem quando é que este processo descarrilou, mas sei que só conseguirá entrar nos eixos com a abertura a uma maior participação dos atletas e da comunidade do surf, bem como com o contributo da experiência das outras modalidades com créditos no alto rendimento. Urge um esclarecimento sobre o que é um programa de alto rendimento, definir com rigor a diferença entre passear de bicileta e ciclismo, apanhar umas ondas ou ser atleta de alta competição.

Concordas com a localização dos CARSurf: Peniche; Nazaré; Aveiro; Viana do Castelo?
Não consigo perceber a fundamentação desta opção porque não sei qual é o modelo de funcionamento da Federação de Surf para o alto rendimento. Basicamente teríamos que optar por um de dois modelos: o da concentração num único lugar, que apesar das minhas reservas até poderia justificar o investimento nas camas, porque obriga à deslocação dos atletas para uma permanência fora da área de residência (como é o caso do triatlo ou da canoagem), ou o da dispersão no território, onde o treino é mais suportado pelos clubes sem deslocar os atletas, sendo que neste cenário não são necessárias as camas em regime de permanência, uma vez que os estágios são de carácter pontual. Ora o modelo do CARSurf parece ser o da dispersão, mas com camas em regime de permanência. Isto eu não percebo como é que funciona... 

Tens conhecimento do Modelo de Gestão preconizado para os CARSurf? Qual é a tua opinião sobre o mesmo?
Conheço a Proposta de Modelo de Gestão e Financiamento para os CAR que destaca a especificidade do surf pelos piores motivos. Para além da diferença em relação às outras modalidades que apostam na concentração de recursos, o surf distingue-se ainda por ser o único caso onde se avança com a premissa da autosustentabilidade abrindo porta à demissão de responsabilidades por parte da administração central, designadamente no que concerne a futuros apoios. Pelo mesmo documento ficamos também a saber que se prevê um total de 280 mil euros de encargos fixos e que a Federação de Surf se prepara para a implementação de um plano comercial, assente na promoção internacional e alicerçada na cooperação desportiva além fronteiras, associando a marca “Portugal”. Se a isto juntarmos o facto de que, na identificação dos CAR, se tenha adoptado a designação de Surf Camp, receio que estejamos a trocar o objectivo do desenvolvimento desportivo do surf nacional pelo do desenvolvimento turístico a piscar o olho ao mercado alemão. A manter-se este cenário, mesmo que este venha a ser um negócio lucrativo do agrado da senhora Merkel, será sempre por conta do prejuízo para o alto rendimento no surf em Portugal.