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sexta-feira, 19 de julho de 2013

CIDADESURF passa na Prova Oral


Eurico Gonçalves, Fernando Alvim, Xana Alves e Miguel Figueira, RTP_Antena 3.
Link do programa aqui.

terça-feira, 16 de julho de 2013

this is not a summer campaign

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segunda-feira, 15 de julho de 2013

domingo, 14 de julho de 2013

a voz da figueira


quarta-feira, 10 de julho de 2013

desnorte

Referências aos antípodas promovem desnorte na decisão da autarquia sobre o areal da praia _ artigo completo em A Voz da Figueira de 10 de Julho.

... Na documentação de apoio à decisão tomada pela Câmara encontra-se ainda informação sobre o programa Beachcare (projecto australiano de voluntariado para cuidado das praias), promovido pela Griffith Centre for Coastal Management, instituição australiana que conhecemos bem e com quem temos mantido, desde 2011, contactos regulares, depois de termos sido convidados para ali proferir a conferência do projecto CIDADESURF, na sequência da vitória no Movimento Milénio. Dirigido à população, o objectivo do programa Beachcare prende-se com a consolidação das dunas, remoção de ervas intrusivas, recolha selectiva de lixo... na óptica do que Cyril Simeone defende para a nossa praia da claridade. Acontece que, na nossa deslocação à Austrália, visitámos os lugares descritos no programa Beachcare, e não temos qualquer dúvida que deveríamos seguir integralmente o exemplo dos antípodas. Integralmente, com as necessárias adaptações... porque no outro lado do mundo a deriva litoral funciona em sentido contrário. Que quer isto dizer? Quer dizer que os estudos referidos reportariam, para o nosso contexto, a intervenções a sul do Mondego e não a norte... 

terça-feira, 9 de julho de 2013

jornal i

link aqui

segunda-feira, 8 de julho de 2013

quarta-feira, 3 de julho de 2013

no sunset


sábado, 22 de junho de 2013

É a vida Alvim! - TVI

Ver o programa da TVI aqui.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

a pulga da areia e o camarão da costa


Há algum tempo que nos temos dedicado a esta reflexão e à defesa da REGENERAÇÃO NATURAL DO ECOSSISTEMA da praia da claridade. O problema é que o sistema natural ali a recuperar não é o dunar, mas sim o marítimo. Atentado maior do que ignorar esta verdade, bem conhecida de todos os Figueirenses e da nossa memória colectiva, a Figueira rainha das praias, é invocar razões de natureza pedagógica na área ambiental para prosseguir com o maior atentando ecológico na principal frente da cidade, cujo impacto a sul do Mondego também tem efeitos devastadores. Aos especialistas que têm apoiado o executivo nesta matéria deixamos duas perguntas: naquele lugar, a vegetação autóctone serão as espécies vegetais que defendem ou as algas que não conseguimos preservar? Se concordam que para verificar da sustentabilidade da nossa acção temos que conseguir entregar aos nossos netos aquilo que recebemos dos nossos avós, porque é que não fazem o trabalho que tem que ser feito e começam a pensar em DEVOLVER O MAR À CIDADE? Não nos choca a vegetação da antepraia na Murtinheira ou depois da Gala, mas nunca aqui na frente da cidade-praia, porque atenta contra a sua principal diferença, traindo o seu passado e comprometendo o seu futuro. 
Concordamos que «não faz sentido manter à força todo o areal como um areal de praia». Não concordamos é com a solução da suposta renaturalização, que atenta contra o principal elemento natural da nossa frente urbana: o mar. Não concordamos com a argumentação do Sr. Vereador António Tavares escudada na resposta dos arquitectos a um concurso de ideias que deliberadamente pedia essa solução, nem tampouco com a forma propagandística que usam para justificar o injustificável: que nada irão fazer... Nós concorremos contra os termos de referência daquele concurso e o júri teve a coragem de nos distinguir. Nós denunciámos o atentado ecológico na frente urbana da cidade e apontámos um caminho alternativo. Nós defendemos a instalação de um sistema de BYPASS e vamos continuar esta luta, porque não aceitamos que nos continuem a mandar areia para os olhos. Não queremos saber da pulga da areia, queremos o camarão da costa!

terça-feira, 18 de junho de 2013

movimento cívico

Semear é preciso!... Com garra, determinação e trabalho..., na linha do que vai acontecendo desde a primeira hora. É como se fosse uma caçada: É perciso atirar... porque é a condição indispensável para apanhar caça. Esta é uma metáfora para enfatizar a questão vertente de um dever eminentemente cívico.

João Figueira da Silva Júnior 1934-2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

OS X Buarcos


A exploração da imagem do surf pela Apple já não é novidade. Desde há algum tempo e com um destaque crescente que vemos o gigante californiano a usar imagens de surf para promover os seus produtos, como no lançamento do mini iPad ou para ilustrar o recente écran retina... Até aqui nada de novo. O que é realmente notícia é o facto do surf já não aparecer como mera ilustração, emprestando agora o nome ao produto, e mais importante ainda, saltando da imagem de surf generalista para a especificidade local da onda: neste caso com a onda californiana a romper com a longa tradição dos famosos felinos da marca, sucedendo o OS X Mavericks ao OS X Mountain Lion. No novo desktop já não vamos ter por defeito uma galáxia distante, mas a onda californiana que também já é do nosso João de Macedo. São boas notícias estas, que verdadeiramente valorizam as ondas como património colectivo e que os poderes públicos teimam ignorar. Mavericks passou a ser, desde o dia do lançamento do mais recente sistema operativo da Apple, a onda mais valiosa do planeta. Tornou-se a mais conhecida e, por esse facto, é certamente a que está mais bem protegida.
Mavericks figura entre as maiores ondas do mundo. Oxalá a Apple continue neste caminho e talvez, quem sabe, um dia opte pelas ondas mais compridas e possamos ter um sistema operativo OS X Buarcos.

sábado, 8 de junho de 2013

de oeste para o west


Imagem Turismo de Portugal em www.visitportugal.com

A Lei 33/2013 de 16 de Maio redefine as delimitações das áreas regionais de turismo de Portugal continental. O Centro irá crescer, passando a ser constituído por cerca de 100 municípios, alargando para sul o seu território até à região do Oeste. Esta integração territorial concentrará mais surf na mesma entidade regional: juntando a onda mais tubular da Europa em Peniche e a maior na Nazaré à mais comprida na Figueira da Foz. O sucesso do surf reconhecido ao Oeste pode agora, com o novo enquadramento regional, contribuir para que a nova região de turismo caminhe na direcção de uma promoção mais forte e articulada. A nossa expectativa é que se possa continuar na direcção de uma integração ainda mais ampla, trocando o Oeste nacional pelo West europeu, reforçando o posicionamento do país que deu à Europa a sua primeira reserva de surf. Aqui, que somos líderes, conseguiremos reivindicar a frente atlântica ou vamos continuar a deixar que a competição das regiões pelo surf nos mantenha na cauda da Europa?

sexta-feira, 7 de junho de 2013

entrevista no café nicola


O arquitecto Miguel Figueira foi ao Café Nicola para uma conversa sobre o mar, as ondas e o surf mas também sobre a relação dos poderes públicos, locais e nacionais com as ideias e projectos dos movimentos de cidadania. Sem papas na língua!

sábado, 1 de junho de 2013

valor da areia

Um estudo francês destaca a areia e os inertes granulados como o terceiro recurso mais usado em todo o mundo, logo a seguir ao ar e à àgua. Identifica diversas aplicações do seu uso quotidiano e mede o consumo no campo da construção. Explica que 2/3 das construções do planeta são em betão armado e 2/3 deste é contituido por areia, destacando ainda o consumo voraz nas infra-estruturas rodoviárias. Só nas obras públicas os franceses gastam 300 milhões de toneladas, o que empurra o consumo total na construção, por habitante, para as 7 toneladas por ano. 
Nós por cá há muito que chamamos a atenção do valor da areia na defesa da orla costeira. Já percebemos que a falta dela, só entre a Figueira da Foz e a Nazaré, nos empurra para uma despesa de 5 milhões por ano - 50 milhões em 10 anos segundo o cenário 3 do POOC-OMG. Aquilo que nos surpreende é que mesmo na actual conjuntura económica não se questione o valor dos milhões de toneladas retidas na praia da claridade - o maior depósito de areia da nossa costa.
Ainda que entre nós queiram continuar a desvalorizar a areia, então que se fale com os alemães para que estes nos deixem vender a areia aos franceses, para assim podermos contratar os australianos e avançar com a instalação de um BYPASS que nos ajude a proteger a costa portuguesa. Se não a quiserem vender tanto melhor, mas que não deixem de a usar onde faz falta. Uma coisa é certa: mais tarde ou mais cedo vão ter que tirar a cabeça da areia, porque esse é um luxo que vão deixar de poder pagar.

sand-wars



Video aqui.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

BIOESFERA.RTP2




sábado, 25 de maio de 2013

areia na engrenagem


No início da semana fomos recebidos pelo Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, no Ministério do Mar, em Lisboa. Fomos lá partilhar a nossa reflexão sobre o papel do mar e do surf no desenvolvimento local, mas sobretudo fomos lá denunciar o paradigma vigente de protecção costeira, fundado numa leitura do território feita de costas voltadas ao mar. Fomos recebidos por um homem do mar, com um percurso reconhecido e um trabalho ímpar neste desiderato do regresso do país ao mar. 
Deixámos no Ministério do Mar um saco de areia da nossa praia da claridade e a esperança no empenho do Dr. Manuel Pinto de Abreu para nos ajudar a devolvê-la ao mar.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

o surf e a menina da Galp

Questionados sobre a não inclusão de outras ondas no nosso contributo para a Estratégia Nacional para o Mar, respondemos aqui com a menina da Galp.




Quem não se lembra da menina da Galp? Linda como a reserva da Ericeira, de peito frondoso como a onda da Nazaré, com as curvas dos supertubos de Peniche e a perna longa a lembrar a direita de Buarcos... Alguma vez nos trouxe gás a casa? Alguma vez? Uma coisa são todas as ondas que a nossa costa nos oferece, a outra é a afirmação do surf na economia do mar e a formação do produto surf no quadro global. No surf, como no gás, o que importa é a forma de inscrição no imaginário colectivo. Evidenciar os atributos das nossas melhores ondas pode muito bem ser a via mais sustentável para defender o surf e o mar.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

contributo à Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020

Contributo endereçado à Participação no Processo de Consulta Pública da Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020 (enm@dgpm.gov.pt). Aqui.  

Na Estratégia Nacional para o Mar (ENM) 2013-2020 o surf aparece entalado entre as suas principais ameaças: logo a seguir aos portos e mesmo antes das obras marítimas. Coincidência ou não, reflecte a realidade. Já na associação à náutica de recreio e aos cruzeiros de turismo, acreditamos que o desfasamento com a realidade seja bem mais nefasto à constituição do(s) produto(s). Conforme já tivemos oportunidade de esclarecer nos contributos ao Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) julgamos que aqui se deveriam separar definitivamente as águas: náutica de recreio e surf são produtos completamente distintos. Esta falha denota desde logo a necessidade urgente de aprofundamento sobre as realidades em causa, sob pena de se vir a prestar um mau serviço a ambas. A relação do surf com o mar é directa, a partir da praia como na arte-xávega; a da náutica de recreio é indirecta, a partir de um ancoradouro protegido como nos transportes marítimos. Os primeiros procuram a rebentação, os outros fogem dela.

O surf passou de omisso a confuso no espaço de poucos anos na diversa documentação institucional. Não obstante o facto de também neste documento termos notado a ausência de qualquer referência aos mais de 800Km de costa no continente e de quase uma dúzia de ilhas capazes de garantir condições de surf em 365 dias por ano, é sobretudo na eleição dos factores de competitividade que julgamos poder contribuir para o aprofundamento da ENM. Supostamente por se querer centrar nos factores de competitividade no mercado global o PENT apenas destaca três locais: Ericeira, Peniche e Nazaré. O POOC-OMG vem assinalar a existência de locais de reconhecido interesse internacional para os desportos de ondas, incluindo a Figueira na shortlist que goza de algum consenso na comunidade do surf. A ENM aparentemente recua, distinguindo apenas o caso de Peniche. Um recuo a dois níveis: primeiro porque apenas dintingue um local, e segundo porque abandona o quadro de referência global para se limitar ao do país. Passando de palco de um dos mais importantes eventos de surf no mundo (PENT) a capital da onda (ENM).

Na perspectiva de uma desejável cordenação horizontal e da clarificação na óptica do produto surf, julgamos urgente a clarificação dos factores de competitividade, bem como do quadro de referência respectivo. Assim, avançamos com a proposta centrada na qualidade distintiva das ondas no quadro de referência da Europa, porque estamos do lado da dimensão do valor próprio, não deslocalizável nem porventura refêm de marcas ou eventos, concorrendo a partir do continente onde somos líderes. Desta forma, em vez da segunda reserva de surf no mundo, passamos a ter a primeira na Europa e conseguimos ainda reinvendicar com toda a legitimidade a onda mais tubular, a mais alta e a mais comprida... em 150 km de costa (Ericeira, Peniche, Nazaré e Figueira, respectivamente), alinhando com o conceito da diversidade concentrada (PENT), evitando também a competição das regiões pelo surf, que só pode resultar em prejuízo para o produto e para o recurso que sustenta a oferta, as ondas.

NOTA: Juntámos ao nosso contributo a fotografia do João Bracourt caso surja a opotunidade do surf poder ilustrar a capa em algum dos anexos.

destaque no sagres surf culture 2013




Destaque do projecto CIDADESURF_





















quarta-feira, 17 de abril de 2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

segunda-feira, 15 de abril de 2013

@ Figueira TV 2013

 Figueira Tv aqui.

terça-feira, 2 de abril de 2013

desassoreamento vai avançar...

A notícia reporta-se ao desassoreamento do Rio Mondego em Coimbra e não ao da Praia da Claridade na Figueira da Foz, como gostaríamos. Mas há, ainda assim, motivos de regozijo: porque demonstra o valor da areia ao revelar que há interessados na sua compra, destacando a exemplaridade da intervenção que, por este facto, não tem custos para o erário público; e porque habilita uma autarquia, neste caso a Câmara Municipal de Coimbra, a assumir o papel de dono da obra avançando com esta intervenção da competência da administração central. Não obstante, colocam-se-nos duas questões: a primeira, de ordem prática, é a da legitimidade da venda da areia em Coimbra, que se não estivesse artificialmente ali retida estaria a ajudar a reposição natural das praias a sul do Mondego, cuja proteção nos irá custar muitos milhões; a segunda, de natureza mais prosaica, leva-nos a indagar porque razão não explora a Câmara Municipal da Figueira da Foz a mesma possibilidade de actuação concertada com a Sra. Ministra para usar a areia do norte para proteger o sul da erosão e devolver O MAR À CIDADE.

quarta-feira, 27 de março de 2013

stop the invasion @ Cabedelo


terça-feira, 26 de março de 2013

beachcam

Ler mais e ver as fotos aqui.

domingo, 24 de março de 2013

surftotal

Ler mais e ver as fotos aqui.

sábado, 23 de março de 2013

domingo, 17 de março de 2013

Miguel Amaral vs Steve Jobs

Não se trata naturalmente de um frente a frente sério, sendo certo que o segundo já não estará em condições de responder ao primeiro... Se o pudesse fazer, como CEO de uma empresa com uma facturação superior ao nosso PIB nacional, diria certamente que a recente campanha do mini iPad aproveita muito bem esta onda positiva em torno do surf para vender um produto que nem para andar na água serve. Independentemente das razões que invoca o Clube Náutico, que a nós não nos compete rebater, parece-nos que mais uma vez aqui se anda a confundir a beira da estrada com a estrada da beira... porque não será a dimensão desportiva aquela que aqui estará em causa. 

sexta-feira, 15 de março de 2013

segunda-feira, 11 de março de 2013

terça-feira, 5 de março de 2013

ubiquidade

domingo, 3 de março de 2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

gregos e troianos


Em 2010 no seminário organizado pelo SOS Cabedelo que marcou em Portugal o início do debate sobre o papel do surf para além da dimensão desportiva, Pedro Adão e Silva sublinhou a importância do momento mas não deixou de notar que a esmagadora maioria dos oradores eram do mundo do surf... Portanto, advogados em causa própria. Não será esse seguramente o caso do Dr. Joaquim Gil e de tantos outros que hoje reiteradamente trazem o surf à praça pública, enriquecendo o debate que será tanto mais importante quanto mais plural, para que seja verdadeiramente útil na (re)construção da cidade. O que não deixa de ser curioso é o facto do jornal As Beiras, poucos dias após o artigo de opinião do Dr. Joaquim Gil sobre o projecto CIDADESURF, noticiar o afastamento de três associações ligadas aos desportos de mar. Percebe-se claramente que nada disto tem que ver com qualquer tipo de questão pessoal entre as partes referidas. Não temos qualquer dúvida de que se trata de uma bizarra coincidência, ainda que porventura ilustrativa de uma certa tendência destes desportos para a auto-exclusão. Este não é um tema novo mas antes o vício recorrente alimentado pelas disputas individuais que, por serem tão próprias destas modalidades, são encaradas num quadro de uma normalidade aceitável. O que se lamenta é a forma inócua que resulta da exploração do espaço mediático conquistado com outro propósito, não se vislumbrando qual o contributo que estas associações querem trazer ao processo. 
Uma coisa é certa: o caminho é hoje mais claro do que alguma vez poderia ter sido e continuará a ser seguido com verdade, sustentado na vontade de todos os que nele se vêem representados e nunca apoiado em qualquer conluio associativo, ou até mesmo num legítimo sistema partidário. Porque foi desta forma que nos comprometemos com este processo e com o conjunto de cidadãos que muito nos honram com o seu apoio. Continuaremos por este caminho centrados na promoção do debate plural e esclarecedor, aceitando com toda a certeza que não iremos agradar a gregos e a troianos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

a sustentabilidade, as galinhas e a broa

Entrega do prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte ao arquiteto Miguel Figueira no dia 18 Fevereiro, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa.

AICA/SEC/Millennium BCP 2011

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

os alemães, o americano, o inglês e os portugueses

Desde 1945 persiste a dúvida sobre as bombas da Nazaré. Nunca se esclareceu se o submarino alemão U-963 que foi afundado junto ao canhão pela própria tripulação estava ou não armado. Uma coisa parece certa: o conhecimento dos alemães daquele lugar, onde a curta distância de terra se encontra um vale submarino tão profundo, ideal para a tripulação ficar a salvo e o segredo ficar guardado. Há muito que as gentes da Nazaré sabem da existência daquele lugar, no mundo do surf também não é propriamente uma novidade, o que é curioso é que tenha sido um americano a mostrar ao mundo que afinal há mesmo bombas na Nazaré. Não que tenha sido tarefa fácil, nem foi conseguido do dia para a noite, obrigou a trabalho, planeamento, organização e investimento. Desconheço se o investimento chegou antes ou depois do americano, mas não tenho qualquer dúvida que sem ele não tínhamos hoje a Nazaré na capa do The Times. Sem o investimento ninguém sabia das bombas na Nazaré. De entre as longas direitas da baía de Buarcos, uma das mais apreciadas é conhecida como a Mina. O nome tem naturalmente que ver com a proximidade com as minas do Cabo Mondego, cuja construção resultou do investimento para a exploração do carvão mineral até ao séc. XX, depois de esgotada a camada superficial que terá sido entregue a um Inglês em meados do séc. XVIII. O que poucos sabem é que na mina também há ouro, sabemo-lo nós os surfistas, locais e estrangeiros, que dele temos tido o privilégio de disfrutar. Um filão de qualidade reconhecida internacionalmente, que será um recurso inesgotável se o soubermos preservar. Também sabemos o que falta, sabemos que falta hoje o que sempre faltou: o investimento e se calhar um australiano para variar, já que em nós, os portugueses, parece que ninguém vai querer investir. 

global surf cities conference 2013

Na sequência do convite que nos foi endereçado para apresentar uma comunicação do projecto CIDADESURF na Global Conference Surf Cities Conference, na Gold Coast, Australia, de 28 de Fevereiro a 1 de Março de 2013, solicitámos apoio com a deslocação e fees de inscrição à Camara Municipal da Figueira da Foz e à Região de Turismo do Centro, na convicção que o aprofundamento deste relacionamento internacional é do interesse da cidade e da região. Eurico Gonçalves e Miguel Figueira são, até ao momento, os únicos representantes nacionais confirmados para este prestigiante evento internacional com forte envolvimento institucional e da indústria do surf, que antecede a primeira prova do ano do circuito mundial da modalidade.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Peniche vs Leixões e o futuro da Figueira

A aposta do Plano Nacional Estratégico de Turismo (PENT) nos cruzeiros, consagrada no produto turismo náutico, rendeu à região norte cinco milhões de euros. A revisão em curso do PENT introduz o surf neste produto e, portanto, vai juntar os ganhos do Rip Curl Pro de Peniche - a prova do circuito mundial de surf que rendeu quase oito milhões de euros. Em Leixões durante todo o ano entraram 76 mil visitantes pelo porto agora preparado para receber os cruzeiros; em Peniche no espaço de poucos dias entraram pela praia de supertubos 130 mil. Diferença maior encontramos nos custos de investimento, onde os 21 milhões gastos em Leixões permitiriam garantir o financiamento total da prova de Peniche por mais de uma década, prova que em 2012 custou 1,6 milhões de euros. Mas mesmo que no tempo os custos fossem equivalentes Peniche manteria a liderança, com o dobro de receita diária por cada estrangeiro em solo nacional. Na Figueira da Foz, porque não há dinheiro e enquanto não chegam os cruzeiros, talvez faça sentido investir no surf.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

sintético

Depois da natação ter conseguido umas tantas piscinas,a vela e o ténis beneficiarem da requalificação da envolvente do Forte de Santa Catarina, temos agora um campo sintético para o futebol... E nós, vamos continuar no lado de lá abandonados à nossa sorte? Ao nosso lado nunca chegou a reabilitação, nem a atenção, nem a vontade. Naquele lado nem direito temos à luz.
Sobre o campo sintético - “Esta obra é, acima de tudo, o cumprimento do dever de uma autarquia de dotar a sede de concelho de equipamentos que promovam o desporto, e os seus praticantes, de uma forma digna”, refere João Ataíde.

esquerda e direita

À esquerda os deputados, preocupados com a erosão a sul, querem apressar a construção de dois paredões para que o mar não leve o resto da areia, à direita os pescadores queixam-se porque a barra está assoreada. Nós que andamos aqui a pregar aos peixinhos acreditamos que um BYPASS até dava jeito, uma vez que permitiria a passagem da areia a mais a norte, para sul onde está a fazer falta. Mas se calhar isto é mais uma daquelas coisas entre a esquerda e a direita... Talvez não venham a ser as dificuldades tecnológicas, operacionais ou de qualquer outra natureza a comprometer a possibilidade do BYPASS, mas antes a urgência de atacar o problema com betão, diligentemente armado, por homens bem intencionados nos dois lados da bancada.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

uma agulha no palheiro do POOC


Finalmente conseguimos encontrar uma referência "às excelentes condições para os desportos de mar e ondas..." e ainda o destaque "... locais reconhecidos internacionalmente para a sua prática". Está no quadro 6-FCD3 Economia da zona costeira, Fase 1 - Definição de âmbito da Avaliação Ambiental do POOC-OMG, com data de Novembro passado, que só agora tivemos conhecimento. Falta saber se os técnicos vão identificar os locais reconhecidos internacionalmente e se o vão fazer no sitio certo.
Subsiste portanto a dúvida relativa à inscrição das ondas que fazem parte da candidatura do Cabo Mondego ao programa World Surfing Reserves. Na ausência desta clarificação continuamos a depender do juízo dos técnicos que, com a chancela universitária, ainda podem considerar a zona pouco aconselhável por causa das rochas, inscrevendo para os próximos dez anos o mesmo disparate que já ouvimos da boca de outros técnicos não menos qualificados.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

air PASS

Esta solução por via aérea usando a força do vento, para  repor a circulação das areias para sul, até poderia ser uma alternativa ao BYPASS - o sistema de transferência mecânica para reposição da deriva litoral que defendemos. Não fosse o agravamento das dragagens da barra, até seria uma solução mais amiga do ambiente... Será que alguém se esqueceu de fechar a porta de trás ou somos nós que estamos a fazer mal as contas? Qual será o impacto do transporte por acção do vento na dragagem da barra agora que a extensão da praia aumentou significativamente?

surf's up ?



Assunção Cristas e Pitta e Cunha já incorporaram o surf nos seus discursos sobre o mar, falta agora aprofundar o tema. Oxalá não perguntem a algum assessor... Oxalá mandem alguém à praia.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

contributo à revisão do PENT

Contributo endereçado à revisão do PENT no horizonte de 2015, no âmbito da consulta pública em curso. Aqui.


Sendo certo o consenso sobre a diversidade concentrada na proposta de valores essenciais e ativação da marca «Destino Portugal», não se percebe que todos os indicadores e propostas sejam divididos numa lógica regional. Nesta metodologia de trabalho conseguimos parâmetros de aferição vários sobre os que vêm e para onde vêm, mas não percebemos ao que vêm. Julgamos que será este o calcanhar de Aquiles desta proposta que falha na clarificação da oferta nacional centrada no produto. 
Naturalmente que no produto estadias de curta duração em cidade a abordagem que defendemos não fará muito sentido, já nos produtos gastronomia e vinhos, ou no surf, facilmente se percebe que a diversidade é fundamental para qualificar a oferta e contribuir para a duração da estadia. Mesmo no sol e mar também a possibilidade de juntar à tranquilidade do mediterrâneo a magnitude do atlântico nos parece a via mais sustentável para a valorização de uma oferta que dificilmente conseguirá contrariar a preferência dos países da bacia do Mediterrâneo, como a Turquia (líder neste ranking), em detrimento dos destinos tradicionais como Portugal. Por muito apetecível que seja este produto parece-nos difícil a competição entre um país claramente mediterrânico com um país sobretudo atlântico, quando os factores de competitividade não aprofundam os nossos valores distintivos. 

É no entanto ao atlântico que a revisão do PENT vai buscar a primeira novidade: inscrição do segmento surfing no produto turismo náutico. Uma evolução muito positiva ainda que este avanço possa não ser suficiente para a afirmação deste segmento emergente. Apesar do mérito que reconhecemos com esta entrada, encontramos falhas graves na constituição do produto, na identificação dos factores de competitividade e ainda na estruturação da oferta. Acreditamos que estas só não vão condicionar o bom desempenho no sector porque aqui a qualidade do recurso continuará a servir a oferta, resistindo mesmo ao pior desempenho da administração central, como se tem verificado até ao presente. 

Sobre a constituição do produto, para além da substituição da designação de surfing por surf, por uma questão básica de credibilidade, há que separar definitivamente as águas: náutica de recreio e surf são produtos completamente distintos. A ligação à gastronomia e vinhos de cada um destes produtos será certamente mais forte do que as afinidades entre si. A falha nesta associação denota desde logo a necessidade urgente de aprofundamento sobre as realidades em causa, sob pena de se vir a prestar um mau serviço a ambas. A relação do surf com o mar é directa, a partir da praia como na arte-xávega, a da náutica de recreio é indirecta, a partir de um ancoradouro protegido como nos transportes marítimos. Os primeiros procuram a rebentação os outros fogem dela. 

Na identificação dos factores de competitividade a primeira falha é a ausência de qualquer referência aos mais de 800Km de costa no continente e de quase uma dúzia de ilhas capazes de garantir condições de surf em 365 dias por ano. A segunda é a falha resultante da persistência no erro fundado numa procura generalista, que orienta o produto para os destinos consolidados, ignorando o juízo da comunidade do surf. Não nos oferece qualquer dúvida quanto à inscrição da Ericeira, Peniche ou a Nazaré nos destinos que deverão puxar pelo todo nacional, mas não podemos esconder a nossa perplexidade com a ausência da onda (direita) mais comprida do continente europeu (talvez a mais comprida do mundo, destacada num recente artigo da prestigiada revista The Surfer's Journal), na baía de Buarcos, na Figueira da Foz. Tratando-se de um produto que se baseia num activo cujo impacto da procura pode resultar numa não desejada saturação, eventualmente comprometendo a qualidade da oferta, não fará qualquer sentido excluir qualquer onda de reconhecida qualidade internacional no grupo de destaque, nem negligenciar o valor do conjunto da nossa costa. 

A estruturação da oferta por regiões, no produto surf, é contraproducente com o objectivo da sua afirmação no mercado global. Quem procura o surf no nosso país, não procura a região mas sim a A8 até à Figueira da Foz - a autoestrada dos surfistas como lhe chamou Virgílio Azevedo em "O país que vai na onda", na Revista Única, em 2/12/2011. No surf, como no montanhismo, o que se procura sempre é coleccionar picos, subir aos mais altos dos cinco continentes e não subir cinco vezes o mesmo, ainda que seja o Everest. O país que o Financial Times reconhece como destino de surf na Europa, que tem em 150km de costa a primeira reserva mundial de surf e a segunda prova do WCT, assim como ondas entre as maiores e as mais longas em todo o globo, pode e deve erguer a bandeira da diversidade concentrada, evitando também a competição das regiões pelo surf que só pode resultar em prejuízo para o produto e para o recurso que sustenta a oferta, as ondas.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

CIDADESURF @ jornal Público


Miguel Figueira, em entrevista ao Público, sublinha a necessidade de lançar no país a discussão sobre o papel do mar nas cidades. Sobre o concurso para a praia da Figueira da Foz questiona: "Que legitimidade tem a cidade para propor um concurso para o aproveitamento do areal, quando a areia pertence ao mar e não à cidade?". Diz ainda que tem de aproveitar este prémio da AICA para não deixar morrer a discussão. A ver se desta não se morre na praia...



sábado, 12 de janeiro de 2013

opiniões

O Campeão das Províncias destaca Miguel Figueira como a figura da semana, já Rui Curado, em As Beiras, afirma que será "a personalidade do ano do concelho da Figueira". O jornal Público coloca o arquitecto do SOS Cabedelo à frente de André Villas-Boas, que também está a atravessar um bom momento. No país do futebol não deixa de ser gratificante ver o surf à frente. Afinal também temos Mar.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

desenhar com todos para todos

Miguel Figueira em entrevista ao jornal O Figueirense, 28/12/2012: "Defendo a arquitectura do lado da prossecução do interesse da comunidade, em cada território. Tanto em Montemor-o-Velho como no projecto Cidade Surf o lema é desenhar com todos para todos, a partir do serviço público e dos movimentos de cidadãos."

Destaque do jornal Aurinegra para o envolvimento de Miguel Figueira com o movimento cívico SOS Cabedelo na edição de 11/01/2013.